Marquesa de Brandemburgo-Schwedt Princesa da Prússia
Frederica Carlota em 1767, quando tinha 21 ou 22 anos; retrato encontra-se atualmente na Abadia de Herford, como parte da coleção do museu Casa Daniel Pöppelmann.
Frederica Carlota Leopoldina Luísa de Brandemburgo-Schwedt (em alemão: Friederike Charlotte Leopoldine Louise; Schwedt, 18 de agosto de 1745 – Altona, 23 de janeiro de 1808)[1] foi uma princesa alemã que governou como a última princesa-abadessa da Abadia de Herford, durante o período de 1764 a 1802. Como um membro do ramo de Brandemburgo-Schwedt que pertencia à Casa de Hohenzollern da família real prussiana, ela também era conhecida como a princesa da Prússia.
Após o término do casamento dos pais de Frederica Carlota, o rei Frederico II da Prússia, enviou a mãe dela, Leopoldina Maria, para Colberga, na Pomerânia, e Frederica Carlota ingressou na Abadia de Herford, parte do Marca de Brandemburgo, onde viveu como uma cônega secular. Em 1755, ela se tornou coadjutora da abadessa Edviges Sofia de Eslésvico-Holsácia-Gottorp, a quem, mais tarde, sucederia.
A jovem foi educada ao lado da irmã, Luísa, em parte, na Prússia. Entre 1760 e 1762, o matemático suíço Leonhard Euler lhe enviou inúmeras cartas escritas em francês que versavam sobre matemática e filosofia. Essas cartas foram publicadas entre 1769 e 1773 sob o nome de Cartas a uma Princesa Alemã (título original em francês: Lettres à une princesse d'Allemagne sur divers sujets de physique et de philosophie), e foram impressas nas cidades de Leipzig e São Petersburgo, na Rússia; só a edição em francês teve 12 impressões. Essa era a Era do Iluminismo, e Euler tentou explicar os problemas de física, e, em especial, o seu histórico filosófico de uma maneira que pudesse ser compreendida. O acadêmico também pode ter sido professor da princesa.[2][3]
Em 13 de outubro de 1764, aos 19 anos, Frederica Carlota se tornou abadessa de Herford. Como chefe de uma Abadia Imperial, pois fazia parte do Sacro Império Romano-Germânico, ela detinha o título de Princesa Imperial. Ela administrava a abadia, e defendia os seus direitos contra a cidade de Herford. A princesa residia em Herford, e mantinha o seu agregado doméstico à maneira da realeza.
Em 12 de julho de 1766, a princesa Cristina Carlota de Hesse-Cassle foi nomeada abadessa coadjutora, e passou a servir ao lado de Frederica Carlota. Em 1790, ela doou um emblema ao convento de Santa Maria na montanha em seu território. A situação econômica do estado deteriorou durante o reinado de Frederica Carlota.[4]
A abadessa também tentou preservar o direito da Abadia contra o domínio prussiano. Contudo, em caso de dúvida, o rei da Prússia tinha o direito de decidir. Em 1798, foram iniciados procedimentos criminais contra os oficiais principais da Abadia, por terem forjado um testamento, e, o rei Frederico Guilherme III indicou uma comissão de mediatização para "executar a curatela dos bens da Senhora Abadessa." A comissão foi desbandada em 1799. Embora Frederica Carlota tenha reivindicado jurisdição sobre os seus súditos, os réus foram condenados num tribunal prussiano no ano de 1800.
A abadia sofreu secularização em 15 de agosto de 1802, e as suas propriedades foram confiscados pelo Reino da Prússia. Como compensação, a abadessa e as senhoras que faziam parte do colegiado receberam uma pensão do reino.
Frederica Carlota chegou à Altona, hoje um distrito de Hamburgo, após fugir do exército da Primeira República Francesa. Ela faleceu lá no dia 23 janeiro de 1808, aos 62 anos, e foi sepultada na Igreja colegiada de Herford.
Ascendência
Ancestrais de Frederica Carlota de Brandemburgo-Schwedt
↑Kleinebenne, Gisa (2005). «Die wirtschaftliche Situation der Fürstabtei Herford in den letzten Jahren ihres Bestehens bis zum Beginn der Säkularisation (1773–1802)». Der Remensnider(PDF). [S.l.: s.n.] p. 8. 25 páginas