Compreende, em sua quase totalidade, caramujos ou búzios de conchas cônico-pontiagudas, fusiformes e com espiral geralmente alta, solta ou firmemente enrolada; normalmente pequenas e sem coloração (raramente castanhas), com poucas atingindo tamanhos superiores aos 5 centímetros de comprimento; cobertas com um relevo muito esculpido, em sua maioria, geralmente com costelas axiais, regularmente ou mais ou menos espaçadas, ou com varizes, todas assim formadas como expansões dos lábios externos em pausas anteriores do crescimento do animal; em alguns casos com costelas ou estrias em espiral também presentes. Sua abertura pode ser totalmente arredondada, circular ou oval, e também podem apresentar conchas umbilicadas. Protoconcha lisa. Não possuem canal sifonal e seu opérculo é córneo e circular, com finas e poucas voltas espirais e com núcleo quase central.[1][2][14][15][17][20][22]
Descrição do animal e características dos Janthinidae
O animal dos Epitoniidae possui o pé curto, truncado na frente e estendendo-se muito à frente da sua cabeça; com olhos do lado externo, próximos à base dos tentáculos, que são longos, estreitos e próximos. Margem do manto simples, com dobra sifonal rudimentar. Suas mandíbulas são ovais ou semicirculares[22] e a rádula é do tipo ptenoglossa. Em Janthina e Recluzia (gêneros que pertenceram aos Janthinidae) os animais são cegos e passam sua vida na zona epipelágica ou nêuston (superfície dos oceanos) de mares tropicais, se alimentando de Physalia, Porpita e Velella, ou de Minyadidae flutuantes, e suspensos por uma bolsa de bolhas de ar revestidas por muco endurecido. Suas conchas são comumente roxas e com espiral baixa, leves, globosas e bastante frágeis, de abertura subquadrada e sem opérculo. Tanto estes gêneros citados quanto os Epitoniidae mais tradicionais podem secretar uma secreção púrpura ou violeta. Tal substância parece anestesiar a presa para facilitar a digestão.[11][15][17][20][23][24]
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