As quintas eleições presidenciais portuguesas tiveram lugar a 16 de Dezembro de 1918, dois dias após o assassinato do Presidente Sidónio Pais, em sessão do Congresso da República. As eleições disputavam-se pelo que restava do mandato presidencial de Bernardino Machado, o 2.º quatriénio (1915-1919).
Ao contrário das eleições diretas que haviam levado Sidónio Pais ao poder, estas eleições realizaram-se pelas duas Câmaras (Deputados e Senado) do Congresso da República reunidas em sessão conjunta, de acordo com os princípios da Constituição de 1911[1] (retomados por intermédio da Lei n.º 833, assinada nesse mesmo dia pelo Presidente do Congresso da Republica, Zeferino Cândido Falcão Pacheco).[2]
A eleição não foi, no entanto, pacífica. Após a chamada para o escrutínio, em que respondem 134 congressistas, os representantes monárquicos saem da sala, dando entrada na urna somente 125 votos. Dado que eram necessários 131 para poder haver quorum, procede-se a novo escrutínio, agora com a presença de 138 votantes, incluindo os monárquicos. No segundo escrutínio, não se registam quaisquer votos nos candidatos José Relvas (Partido Unionista), Basílio Teles (Partido Democrático) e General Garcia Rosado, sendo eleito João do Canto e Castro Silva Antunes, com 137 votos a favor e um voto em branco.[3]
Resultados
Referências