Eleição para mesa diretora do Senado Federal do Brasil em 2023
A eleição para a presidência do Senado Federal do Brasil ocorreu em 1º de fevereiro de 2023, durante o dia de abertura da 3ª Sessão da 57ª Legislatura do Congresso Nacional. Ela resultou na eleição do presidente, de dois vice-presidentes, dos cargos de 1º, 2º, 3º e 4º Secretário da mesa e dos seus respectivos suplentes, que ficarão no cargo até fevereiro de 2025. Os membros da Mesa foram eleitos para um mandato de dois anos (bienal), vedada a reeleição para o período imediatamente subsequente (art. 59 do Regimento Interno do Senado Federal).[1]
O presidente e os demais cargos da Mesa Diretora são eleitos com a maioria absoluta dos votos (ou seja, 50% mais um dos votos válidos). A eleição dos membros da Mesa Diretora do Senado Federal será feita em escrutínio secreto, exigida a maioria de votos, também exigindo a presença da maioria da composição do Senado e assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das representações partidárias ou dos blocos parlamentares que atuam no Senado Federal (art. 60 do Regimento Interno do Senado Federal).[1]
O atual presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, está apto a concorrer a um segundo mandato.[2]
Candidatos à Presidência do Senado Federal
- Rodrigo Pacheco (PSD-MG): O atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tentará a reeleição. Ele foi o candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2021, quando foi eleito para comandar a Casa, mas neste ano tem demonstrado mais proximidade com o governo Lula.[3]
Candidaturas
Nota: a tabela a seguir está organizada por quantidade de apoios partidários anunciados até o momento.
Candidatos à Presidência do Senado Federal
|
Apoios anunciados
|
Cargo
|
Candidato
|
Foto
|
Partido
|
Rodrigo Pacheco
|
|
|
PSD
|
(PSD, PT, MDB, UNIÃO, PDT, Cidadania, PODE, REDE, PSB)[5]
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Senador por Minas Gerais (desde 2019)
|
Rogério Marinho
|
|
|
PL
|
(PL, Republicanos, PP, PSDB[6])[7]
|
Senador pelo Rio Grande do Norte (desde 2023)
|
Desistências
- Eduardo Girão (PODE-CE): Senador pelo estado do Ceará desde 2019, Girão é também um aliado fiel do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele anunciou sua pré-candidatura de maneira avulsa à Presidência do Senado em 13 de dezembro de 2022[8]. Retirou sua candidatura durante o típico discurso dos candidatos para apoiar Rogério Marinho para a Presidência do Senado.[9][10] Ele afirmava que seu objetivo, caso vencesse, seria realinhar o Congresso Nacional à pauta bolsonarista, como a defesa pela liberdade de expressão e o fim da censura imposta pelo Judiciário.[3]
Resultados por cargo
Presidente
O atual presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, foi reeleito com 49 votos.[11]
Candidato
|
Número de Votos
|
Partido
|
Bloco
|
UF
|
%
|
Rodrigo Pacheco
|
49
|
PSD
|
PSD, PT, PSB, PDT, MDB, UNIÃO, Cidadania, PODE, REDE
|
Minas Gerais
|
60,49
|
Rogério Marinho
|
32
|
PL
|
PL, PP, Republicanos, PSDB
|
Rio Grande do Norte
|
39,51
|
Brancos
|
0
|
–
|
–
|
–
|
0
|
Eleitores aptos
|
81
|
–
|
–
|
–
|
100
|
1.º Vice-presidente
O atual vice-presidente do Senado Federal, Veneziano Vital do Rêgo, foi reeleito em uma chapa única com 66 votos favoráveis e 12 votos contrários (contabilizados como brancos).[12]
Candidato
|
Número de Votos
|
Partido
|
Bloco
|
UF
|
%
|
Veneziano Vital do Rêgo
|
66
|
MDB
|
PSD, PT, PSB, PDT, MDB, UNIÃO, Cidadania, PODE, REDE
|
Paraíba
|
100
|
Brancos
|
12
|
–
|
–
|
–
|
15,38
|
Abstenções
|
3
|
–
|
–
|
–
|
3,7
|
Votos válidos
|
66
|
–
|
–
|
–
|
84,62
|
Votos totais
|
78
|
–
|
–
|
–
|
100
|
Eleitores aptos
|
81
|
–
|
–
|
–
|
96,3
|
2.º Vice-presidente
O cargo de segundo-vice-presidente seria inicialmente disputado por dois candidatos: Wilder Morais e Rodrigo Cunha. Mas o representante de Goiás retirou sua candidatura, a partir de orientação do líder do PL na Casa, senador Flávio Bolsonaro (RJ). Dessa forma, todos os cargos tiveram candidato único. Rodrigo Cunha garantiu a vaga da Segunda Vice-presidência, a qual classificou como uma candidatura “de consenso”.[12]
Candidato
|
Número de Votos
|
Partido
|
Bloco
|
UF
|
%
|
Rodrigo Cunha
|
66
|
PODEMOS
|
PSD, PT, PSB, PDT, MDB, UNIÃO, Cidadania, PODE, REDE
|
Alagoas
|
100
|
Brancos
|
12
|
–
|
–
|
–
|
15,38
|
Abstenções
|
3
|
–
|
–
|
–
|
3,7
|
Votos válidos
|
66
|
–
|
–
|
–
|
84,62
|
Votos totais
|
78
|
–
|
–
|
–
|
100
|
Eleitores aptos
|
81
|
–
|
–
|
–
|
96,3
|
1.ª Secretaria
Rogério Carvalho, que ocupava o cargo de 3.º Secretário, assume a 1ª Secretaria, responsável pela condução administrativa do Senado.[12]
Candidato
|
Número de Votos
|
Partido
|
Bloco
|
UF
|
%
|
Rogério Carvalho
|
66
|
PT
|
PSD, PT, PSB, PDT, MDB, UNIÃO, Cidadania, PODE, REDE
|
Sergipe
|
100
|
Brancos
|
12
|
–
|
–
|
–
|
15,38
|
Abstenções
|
3
|
–
|
–
|
–
|
3,7
|
Votos válidos
|
66
|
–
|
–
|
–
|
84,62
|
Votos totais
|
78
|
–
|
–
|
–
|
100
|
Eleitores aptos
|
81
|
–
|
–
|
–
|
96,3
|
2.ª Secretaria
A 2ª Secretaria ficou a cargo do senador Weverton Rocha, que até então estava à frente da 4.ª Secretaria.[12]
Candidato
|
Número de Votos
|
Partido
|
Bloco
|
UF
|
%
|
Weverton Rocha
|
66
|
PDT
|
PSD, PT, PSB, PDT, MDB, UNIÃO, Cidadania, PODE, REDE
|
Maranhão
|
100
|
Brancos
|
12
|
–
|
–
|
–
|
15,38
|
Abstenções
|
3
|
–
|
–
|
–
|
3,7
|
Votos válidos
|
66
|
–
|
–
|
–
|
84,62
|
Votos totais
|
78
|
–
|
–
|
–
|
100
|
Eleitores aptos
|
81
|
–
|
–
|
–
|
96,3
|
3.ª Secretaria
A 3.ª Secretaria do Senado Federal ficou a cargo do senador Chico Rodrigues.[12]
Candidato
|
Número de Votos
|
Partido
|
Bloco
|
UF
|
%
|
Chico Rodrigues
|
66
|
PSB
|
PSD, PT, PSB, PDT, MDB, UNIÃO, Cidadania, PODE, REDE
|
Roraima
|
100
|
Brancos
|
12
|
–
|
–
|
–
|
15,38
|
Abstenções
|
3
|
–
|
–
|
–
|
3,7
|
Votos válidos
|
66
|
–
|
–
|
–
|
84,62
|
Votos totais
|
78
|
–
|
–
|
–
|
100
|
Eleitores aptos
|
81
|
–
|
–
|
–
|
96,3
|
4.ª Secretaria
A 4.ª Secretaria do Senado Federal ficou a cargo do senador Styvenson Valentim.[12]
Candidato
|
Número de Votos
|
Partido
|
Bloco
|
UF
|
%
|
Styvenson Valentim
|
66
|
PODE
|
PSD, PT, PSB, PDT, MDB, UNIÃO, Cidadania, PODE, REDE
|
Rio Grande do Norte
|
100
|
Brancos
|
12
|
–
|
–
|
–
|
15,38
|
Abstenções
|
3
|
–
|
–
|
–
|
3,7
|
Votos válidos
|
66
|
–
|
–
|
–
|
84,62
|
Votos totais
|
78
|
–
|
–
|
–
|
100
|
Eleitores aptos
|
81
|
–
|
–
|
–
|
96,3
|
Suplências
A eleição para a primeira e segunda suplência aconteceu em 23 de março de 2023, sem a necessidade de disputa ao cargo. A 1ª suplente, escolhida por aclamação, foi a senadora paulista Mara Gabrilli (PSD-SP), e a 2ª suplente eleita foi a senadora catarinense Ivete da Silveira (MDB-SC).[13][14] Já o 3º e 4º suplente, eleitos respectivamente em 30 de maio de 2023, foram Hiran Gonçalves (PP-RR) e Mecias de Jesus (Republicanos-RR).[15] Notas
Referências
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