Contabilizei é uma empresa que atua na abertura de empresas e oferece serviços de contabilidade no Brasil. Fundada em Curitiba em 2013 por Vitor Torres e Fábio Bacarin,[1] atende micro e pequenas empresas em mais de 50 cidades.
História
Vitor Torres, o fundador da Contabilizei, notou que os serviços financeiros, especialmente os bancos, estavam todos migrando para um modelo de atendimento online.[1] Vitor já havia empreendido diversas vezes anteriormente, e no momento estava a frente de uma aceleradora de startups, a Supernova.[2]
Ao ver a possibilidade de agregar tecnologia ao processo contábil, passou meses imerso em um escritório de contabilidade para entender todas as etapas que envolvem a contabilidade de uma empresa.[2]
Após haver criado um plano para colocar o negócio em operação, Vitor partiu em busca de um co-fundador, que encontrou dentro de sua incubadora de startups, Fabio Bacarin e por indicação de amigos o contador Heber Dionizio.
O serviço começou a operar em 2014, e por volta da metade do ano foi investido por um grupo de Investidores Anjo curitibano, Curitiba Angels. A empresa atingiu tração rapidamente e continua crescendo.[1]
O crescimento da companhia atraiu o olhar de fundos maiores, e em 2015 foi a vez da Kaszeck apostar na Contabilizei.
Em maio de 2016, a Endeavor selecionou Vitor Torres e Fábio Bacarin como "Empreendedores Endeavor",[3] e em 2017 concedeu o aporte do Endeavor Catalyst. O ano de 2016 também foi marcado pelo investimento da e.Bricks.
O último investimento aconteceu no segundo semestre de 2018, totalizando 75 milhões[3] de reais, destinados ao crescimento da Contabilizei. Nesta rodada os fundos investidores foram Quona Capital, Quadrant Ventures Inc., Fintech Collective, IFC - Corporação Financeira Internacional, Banco Mundial e Point72 Ventures, que foi o fundo líder da rodada com seu primeiro investimento no mercado brasileiro.
A jornada de crescimento da Contabilizei já ultrapassa a marca de 50 mil clientes,[4] com taxas de fidelidade na renovação de contrato em torno dos 95%.
Em dez anos de atuação, a empresa já processou mais de R$ 2 bilhões em faturamento de seus clientes, gerou mais de R$ 500 milhões em impostos, proporcionou uma economia total de R$ 250 milhões em serviços contábeis e caminha para a expansão de serviços visando o benefício dos micro e pequenos empresários.
Controvérsias
Pela revolução causada na indústria de contabilidade, a Contabilizei enfrentou reações, preocupação e críticas da classe contábil ao redor do Brasil.[5]
A principal reclamação era a automatização das rotinas contábeis através da tecnologia, minimizando o trabalho do operacional contábil que estava estritamente ligado à estas funções. Além disso, a empresa também foi muito criticada por oferecer um serviço de Contabilidade por uma fração do preço de mercado (possibilitado pelas automatizações.)[6]
Por isso, vários questionamentos dos órgãos reguladores como o Conselho Federal de Contabilidade surgiram para entender as operações da Contabilizei e garantir que as atividades restritas ao profissional de contabilidade fossem preservadas.
O parecer do CRC-PR em agosto de 2015 foi que a empresa é regular e opera segundo todas as normas e o código de ética da profissão.[7]
Investidores
Em 2014 a Contabilizei recebeu um investimento anjo feito pelo fundo de investimentocuritibano Curitiba Angels.[2]
Em junho de 2015, recebeu um aporte da KazseK Ventures, fundo de investimento argentino que tem a frente os fundadores do Grupo Mercado Livre.[8][9]
Em setembro de 2016, o fundo de venture capital e.Bricks também investiu no negócio em conjunto com o fundo Endeavor Catalyst localizado no vale do silício.[10][9]
Em janeiro de 2019, os fundos internacionais IFC (International Finance Corporation), instituição membro do Banco Mundial; Quona Capital; Quadrant, Fintech Collective e Point72 Ventures (Líder da rodada) fizeram novo investimento na empresa.[11]
Em janeiro de 2021, a Contabilizei anunciou o aporte de investimento de R$ 320 milhões (USD 60M) liderado pelo Softbank e seguido por Goldman Sachs.[12]