Juscelino desejava desenvolver uma área ao norte da cidade, chamada Pampulha. Encomendou então ao jovem e já reconhecido arquiteto Oscar Niemeyer o projeto de um conjunto de edifícios em torno da lagoa artificial da Pampulha: um casino, uma igreja, uma casa de baile, um clube e um hotel. À exceção do hotel, o conjunto se concretizou com a inauguração em 16 de maio de 1943, nas presenças do presidente Getúlio Vargas e do governador do estado de Minas Gerais, Benedito Valadares.[1][2][3] O casino se tornou o Museu de Arte da Pampulha em 1957.
Em 2013, a prefeitura de Belo Horizonte manifestou interesse em apresentar a candidatura do Conjunto Arquitetônico da Pampulha para receber o título de Patrimônio Mundial da UNESCO.[4] Uma representante da UNESCO visitou a região em 2015, ano em que a Pampulha era única candidata.[5] Para garantir melhores condições do patrimônio, o MAP receberá uma grande reforma durando dois anos a partir de julho de 2016, e duas praças da região terão seus projetos de paisagismo recuperados.[2] Em 17 de julho de 2016, o local passou a ser considerado um Patrimônio da Humanidade após reunião de membros da Unesco em Istambul, na Turquia.[6] É categorizado como uma Paisagem Cultural.[7]
É considerada a obra-prima do conjunto. Na concepção da capela, Oscar Niemeyer faz novos experimentos em concreto armado, abandonando a laje sobre pilotis e criando uma abóbada parabólica em concreto, até então só utilizada em hangares. A abóbada na capela da Pampulha seria ao mesmo estrutura e fechamento, eliminando a necessidade de alvenarias. Inicia aquilo que seria a diretriz de toda a sua obra: uma arquitetura onde será preponderante a plasticidade da estrutura de concreto armado, em formas ousadas, inusitadas e marcantes. O projeto estrutural coube ao engenheiro Joaquim Cardozo, tido por Niemeyer como o "brasileiro mais culto que existia".[3]
Apesar da consagração por arquitetos e artistas, a capela – inaugurada em 1943 – foi mal recebida pela arquidiocese, que recusou-se a aceitá-la e só foi consagrada 17 anos depois, em 1959.[8]
Inaugurada em 1943, acabou desativada em 1948 após o fechamento do casino em 1946. A casa do baile se localiza em uma ilhota artificial, acessada por uma ponte de onze metros. Destaca-se pelas formas da fachada e marquise sinuosa.
Construído em 1942, com o nome de Iate Golfe Clube, e tombado em 1994 pelo Iphan, a arquitetura do Iate Tênis Clube (ITC) remete a um barco que se lança nas águas da Pampulha. Os jardins são de Roberto Burle Marx. O único prédio do complexo que não remonta à arquitetura original é um anexo construído na década de 1970, onde se localizam um salão de festa e academia de ginástica.[5] Em 2016, a prefeitura de Belo Horizonte entrou em acordo com o ITC para desapropriar o local para demolição, já que a UNESCO ressaltou que a diferença causada pelo anexo atrapalha a possível eleição de Patrimônio Cultural.[2]
Casa Kubitschek
Projetada na década de 40 para ser residência de fim de semana de Juscelino Kubitschek, possui características da arquitetura moderna. Os jardins e pomar são de Burle Marx. Funciona como espaço cultural e museu que abriga objetos da época. Um convite aos estímulos sensoriais e espaciais.[10]