Os dois clubes são os representantes da colônia italiana em seus estados,[3][4] encontrando-se em momentos que definiram títulos a favor de um dos dois clubes desde 1933, tendo sido realizados confrontos entre Fluminense e Palmeiras válidos por todas as principais competições de futebol do Brasil e também pela Copa Libertadores da América.
No dia 2 de março, partida válida pelo Torneio Rio-São Paulo de 1952, antes do jogo contra o Fluminense, o Palmeiras deu a volta olímpica com uma faixa agradecendo a torcida carioca pelo apoio recebido na Copa Rio de 1951, sendo ovacionado pelos 31.990 torcedores (25.444 pagantes), além do presidente do Palmeiras ter entregue uma placa de bronze ao prefeito do Rio, João Carlos Vital, para ser fixada no Maracanã. Ali estavam presentes o campeão da Copa Rio de 1951 e o futuro campeão da Copa Rio de 1952, em um encontro marcado pelas homenagens recíprocas. Um jogo com este espírito teve no resultado de 2 a 2 o reflexo dos sentimentos de fraternidade e esportividade que foram registrados antes da partida, entre os clubes das colônias italianas do Rio de Janeiro e de São Paulo.[5]
O Fluminense sagrou-se bicampeão do Torneio Rio-São Paulo em 1960 ao vencer o Palmeiras por 1 a 0 no Maracanã, perante 53.738 pagantes, com gol de Waldo, o maior artilheiro da história do clube. Até essa partida o Palmeiras disputava o título diretamente com o Fluminense, tendo ainda dois jogos para realizar, sendo este o último do Flu. Após a derrota para o Fluminense, perderia os dois jogos restantes e terminaria apenas na sexta colocação.[6]
A dramática disputa nas semifinais do Campeonato Brasileiro de 1960 também foi um momento muito importante na história deste clássico, com empate por 0 a 0 no primeiro jogo por uma competição nacional, no Pacaembu, e vitória palmeirense por 1 a 0 no Maracanã, com o gol da vitória sendo marcado aos 44 minutos e trinta segundos do segundo tempo em um chute de longe de Humberto, com público semelhante ao da partida anterior no mesmo estádio, em competição que viria dar ao Palmeiras o seu primeiro título brasileiro.[7]
O Palmeiras conquistou a segunda edição do Torneio do IV Centenário do Rio de Janeiro de 1965, ao vencer a disputa de pênaltis contra o Peñarol após empate por 0 a 0 na final. O Fluminense terminou em terceiro ao vencer a Seleção Paraguaia por 3 a 2, com todas as partidas tendo sido disputadas no Maracanã.
Em 1970, o Fluminense venceu a partida válida pelo Quadrangular Final do Campeonato Brasileiro, disputado também contra Atlético Mineiro e Cruzeiro, tendo vencido anteriormente o confronto da Primeira Fase por 3 a 0 no Morumbi. O gol de Mickey selou a vitória tricolor no Maracanã por 1 a 0 e deixou o Fluminense em vantagem na disputa pela Taça de Prata, competição da qual o Flu se sagraria campeão e o Palmeiras, vice.
Na Copa Libertadores da América de 1971, Palmeiras e Fluminense se encontraram pelo Grupo 3 da competição, com uma vitória tricolor por 2 a 0 no Pacaembu, e outra palmeirense por 3 a 1 no Maracanã. O Palmeiras somou 10 pontos no grupo e o Fluminense 8, com o Palmeiras tendo se classificado para as semifinais e terminado em terceiro, com o Fluminense eliminado ainda nessa fase de grupos, que previa a classificação de apenas uma equipe, terminando em sétimo lugar.[8]
Na Copa dos Campeões de 2002, a vitória por 1 a 0 nas quartas valeu a classificação do Verdão para a fase seguinte.[10]
Um público de 66.884 torcedores viu a vitória do Fluminense por 1 a 0 no Campeonato Brasileiro de 2009, no Maracanã, com gol de Fred, uma das vitórias já nas últimas rodadas que manteve o Flu na Série A após uma arrancada histórica.[11]
No Campeonato Brasileiro de 2010, a vitória tricolor por 2 a 1 em São Paulo pela penúltima rodada deixou o Fluminense a um passo do título, título este que seria confirmado na rodada seguinte, quando o tricolor venceu o Guarani por 1 a 0.
Fluminense e Palmeiras se enfrentaram pela primeira vez na Copa do Brasil, em confronto válido pelas semifinais da Copa do Brasil de 2015, com vitória tricolor no primeiro jogo disputado no Maracanã por 2 a 1[13] e palmeirense pelo mesmo placar no segundo, com o Palmeiras classificando-se após disputa por pênaltis no Allianz Parque.[14]
Dois empates por 1 a 1 aconteceram na campanha vitoriosa do Palmeiras no Campeonato Brasileiro de 2022, no décimo primeiro título do Palmeiras nessa competição.[15]
Ídolos em comum
Romeu
Romeu Pellicciari jogou no então Palestra Itália, de 1930 a 1935, transferindo-se ainda em 1935 para o Flu, onde jogou até 1942, retornando ao Palmeiras neste mesmo ano a tempo de se sagrar campeão paulista pela quarta vez, além de ter conquistado o Torneio Rio-São Paulo de 1933 pelo Verdão.
Em 1933, o Palmeiras venceu o Fluminense e, posteriormente, conquistou o Torneio Rio-São Paulo.
Em 1960, o Fluminense venceu o Palmeiras na final do Torneio Rio-São Paulo e se sagrou campeão.
Em 1970, o Fluminense venceu o Palmeiras pelo quadrangular final e, posteriormente, conquistou o Campeonato Brasileiro.
Em 2012, o Fluminense venceu o Palmeiras e conquistou, antecipadamente, o Campeonato Brasileiro. Poucas rodadas depois o rebaixamento do Palmeiras foi decretado.
Em 1960, o Palmeiras eliminou o Fluminense na semifinal do Campeonato Brasileiro e, posteriormente, sagrou-se campeão.
Em 2002, o Palmeiras eliminou o Fluminense nas quartas de final da Copa dos Campeões.
Em 2015, o Palmeiras eliminou o Fluminense na semifinal da Copa do Brasil e, posteriormente, foi o campeão da competição.
Outras estatísticas
Cidades e estados
Ao todo, 60 jogos foram realizados no Rio de Janeiro e 56 em São Paulo, com 3 jogos tendo sido realizados em outros estados: 1 no Paraná com mando do Palmeiras, na cidade de Londrina, onde os clubes paulistas detêm as maiores torcidas,[20] o segundo em Teresina, no Piauí, com mando de campo neutro e o terceiro em Brasília com o mando do Fluminense, em 11 cidades diferentes no total dos jogos.[21]
Principais estádios
45 partidas foram realizadas no Maracanã, com 21 vitórias do Fluminense, 16 do Palmeiras e 8 empates, com 63 gols tricolores e 53 palmeirenses, tendo 25 partidas ocorridas no antigo Palestra Itália, estádios que receberam o maior número de jogos. No Palestra Itália foram 20 vitórias do Palmeiras, 3 do Fluminense e 2 empates, com 54 gols palmeirenses e 31 tricolores. Apenas 1 jogo foi realizado no Morumbi, maior estádio do Estado de São Paulo e 17 no Pacaembu, a segunda opção histórica dos grandes clubes paulistas para jogos de maior apelo de público.[22]
Pelo Campeonato Brasileiro desde 1960 já foram disputados 68 jogos, com 34 vitórias do Palmeiras, 22 do Fluminense e 12 empates, 99 gols a favor do Palmeiras e 76 a favor do Fluminense.[23]
Nas suas quatro conquistas de campeonatos nacionais o Fluminense só não enfrentou o Palmeiras na de 1984, por conta do clube paulista ter começado esta competição em grupo diferente e não ter chegado aos cruzamentos previstos pela fórmula de disputa daquela edição do Campeonato Brasileiro.
Já o Palmeiras, nas conquistas de seus onze títulos nacionais só não enfrentou o Fluminense na Taça Brasil (antigo formato do atual Campeonato Brasileiro) de 1967, da qual o Tricolor não participou, e em 1973, quando o Fluminense participou de um grupo diferente na Primeira Fase e não chegou aos cruzamentos finais daquela competição.
Conmebol
Fluminense e Palmeiras se enfrentaram pela primeira fase da Copa Libertadores da América de 1971, com uma vitória para cada lado e o Palmeiras se classificando para a fase seguinte.
Rodrigues Tatu marcou ainda um gol pelo Fluminense contra o Palmeiras, de falta, aos 11'/2ºT, na vitória tricolor por 5 a 2 em 30 de julho de 1947, partida esta disputada no Pacaembu.[25]
Público: 22 200 pags Renda: R$ 206.000,00 Árbitro:PR José Carlos Marcondes
Partidas com mais gols
Em três ocasiões ocorreram 8 gols em confrontos envolvendo Fluminense e Palmeiras: em 24 de julho de 1940 (Fluminense 5 a 3), em 3 de janeiro de 2000 (Palmeiras 6 a 2) e em 7 de novembro de 2001 (Fluminense 6 a 2).[26]
Séries
A maior série invicta é palmeirense, doze jogos entre 2002 e 2008. Já a favor do Flu, nove jogos, entre 2009 e 2014.
A maior série de vitórias é tricolor, sete jogos entre 2010 e 2014. A alviverde é de seis jogos, entre 1992 e 1994.
Maiores públicos
Aonde não consta informações sobre públicos pagantes e presentes, a referência é aos pagantes, acima de 30.000.[27]
Palmeiras 3–0 Fluminense, Allianz Parque, 37.430, 14 de novembro de 2018, Campeonato Brasileiro (37.430 pagantes).
Fluminense 1–3 Palmeiras, Maracanã, 36.599, 16 de maio de 1965, Torneio Rio-São Paulo.
Fluminense 0–0 Palmeiras, Maracanã, 35.407, 9 de março de 1980, Campeonato Brasileiro.
Fluminense 2–1 Palmeiras, Maracanã, 34.895, 21 de outubro de 2015, Copa do Brasil (31.881 pagantes).
Fluminense 3–0 Palmeiras, Maracanã, 34.032, 25 de outubro de 2008, Campeonato Brasileiro (31.973 pagantes).
Palmeiras 3–1 Fluminense, Allianz Parque, 33.066, 10 de junho de 2017, Campeonato Brasileiro (33.066 pagantes).
Fluminense 2–2 Palmeiras, Maracanã, 31.990, 2 de março de 1952, Torneio Rio-São Paulo (25.444 pagantes).
Fluminense 2–1 Palmeiras, Maracanã, 31.037, 5 de agosto de 2023, Campeonato Brasileiro (29.115 pagantes).
Fluminense 1–0 Palmeiras, Maracanã, 30.947, 28 de novembro de 2019, Campeonato Brasileiro (29.968 pagantes).
Obs.: Pelo menos os jogos disputados no Pacaembu com públicos presentes desconhecidos de 21 de março de 1942 (28.904 pags.), 10 de abril de 1965 (27.954 pags.) e 29 de janeiro de 1971 (26.867 pags.) poderiam fazer parte desta lista. Nos casos de públicos presentes e pagantes iguais, não foram disponibilizadas gratuidades.
↑MALAFAIA, Marcos e CARVALHO, Milton Costa (21 de março de 1993). «Vasco, Flu e a guerra das colônias». Jornal O Globo, pág. 49. Consultado em 13 de novembro de 2013 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)