Clementina foi criada pela mãe que, segundo alguns relatos, tinha um temperamento difícil. As suas irmãs mais velhas casaram-se quando ela ainda era muito nova. A princesa Luísa em 1875 e a princesa Estefânia em 1881. No entanto, quando atingiu a maioridade, o seu pai deu-lhe a liberdade de viajar sem a permissão da mãe. Mais tarde, Clementina escreveu uma carta ao pai, a agradecer-lhe, onde dizia: "Obrigada meu querido pai, consegui encontrar a felicidade". Contudo, esta oportunidade feliz de viajar terminou subitamente com a morte de sua mãe em 1902, altura em que a princesa foi forçada a assumir as funções de primeira dama da corte belga.
Interesses amorosos
Ao longo da sua vida, Clementina teve três interesses amorosos conhecidos. O primeiro foi o seu primo, o príncipe Balduíno da Bélgica, filho mais velho do seu tio, o príncipe Filipe, Conde de Flandres, e herdeiro ao trono da Bélgica, após a morte do seu irmão Leopoldo, Duque de Brabante. Balduíno não tinha os mesmos sentimentos pela prima e morreu quando tinha pouco mais de vinte anos. O segundo foi o barão Auguste Goffinet, um membro da corte belga. O casamento com o barão teria sido impossível, uma vez que este não possuía sangue real. O seu último grande amor, com quem acabaria por ficar, foi o príncipe Napoleão Vítor Bonaparte, que se tornou no pretendente Bonaparte ao trono francês após a morte do seu primo, Napoleão Eugênio, Príncipe Imperial da França, filho da imperatriz Eugénia.[1]
Príncipe Napoleão Vítor
A princesa Clementina conheceu o príncipe Bonaparte em 1888, quando ele visitou o seu palácio. Mais tarde, confessou a uma das suas irmãs que se sentia atraída por ele. O rei Leopoldo era contra a união, o que levou a um corte de relações entre pai e filha. Em 1903, quando tinha já trinta e um anos, Clementina voltou a pedir permissão ao pai para se casar com o príncipe e esta voltou a ser recusada. Clementina voltou a insistir, mas o seu pai ameaçou deserdá-la se ela seguisse em frente com o casamento.
Morte do pai e casamento
O pai de Clementina, o rei da Bélgica, morreu em 1909, o que permitiu que Clementina pedisse autorização para casar ao novo monarca, o seu primo Alberto, irmão mais novo do príncipe Balduíno. O casamento da princesa Clementina com o príncipe Napoleão Vítor realizou-se em Moncalieri, na Itália, a 10 de novembro de 1910. Mais tarde, Clementina escreveu à sua irmã Estefânia, casada na altura com o conde Elemer Lonyay, a elogiar o marido: "O meu bom marido, gentil, apaixonado, carinhoso, inteligente, conhecedor de pessoas e coisas. É lindo este príncipe. O Napoleão é um amor, adoro-o." Napoleão e Clementina tiveram dois filhos, a princesa Maria Clotilde, nascida em 1912, e o príncipe Luís Jerónimo Bonaparte, nascido em 1914.
Genealogia
Os antepassados de Clotilde da Bélgica em três gerações