O Centro de Convivência Cultural de Campinas “Carlos Gomes”[2], conhecida popularmente como Centro de Convivência, é um conjunto arquitetônico localizado no bairro Cambuí, na cidade de Campinas, no interior do estado de São Paulo, Brasil.[1] Foi projetado pelo arquiteto Fábio Penteado, inaugurado em 9 de setembro de 1976.[3]
Antes de ali existir o Centro de Convivência, o lugar onde hoje se localiza a Praça Imprensa Fluminense[4] era o Passeio Público de Campinas, construído entre 1876 e 1882 e inspirado no Passeio Público do Rio de Janeiro.
As obras do Centro de Convivência começaram em 1967;[5] entretanto, foram interrompidas pouco depois e só retomadas em 1974, até a conclusão do complexo em 1976.
Em 2004 a praça Imprensa Fluminense, lugar no qual se situa o Centro de Convivência, foi reurbanizada, com a retirada do estacionamento e a troca do piso em todo o entorno da praça por blocos de concreto intertravados em duas cores. Também houve a repintura das paredes e o ajardinamento dos canteiros. No ano seguinte, foi necessária a repintura das construções e foram colocados bloqueios físicos nas entradas do Teatro de Arena, acabando assim com o centro da área de convivência. Após isso os eventos no teatro de arena se tornaram raros.[1]
No ano de 2011 a Sala de Espetáculos “Luís Otávio Burnier” foi fechada pela prefeitura, por conta da precariedade na estrutura do prédio. O espaço apresentava goteiras, fiação elétrica exposta, e a conclusão de técnicos da administração foi de que o local oferecia riscos aos frequentadores.[6]
Apenas em 2018 o Estado autorizou um repasse de R$ 40 milhões para a reforma do Centro de Convivência Cultural de Campinas. O projeto incluía a reconfiguração do teatro, melhoria na acústica, cenografia e sonorização, substituição de cadeiras na plateia, reforma dos camarins e instalação de um elevador para acessibilidade. Inicialmente esse recurso seria destinado à construção do Teatro de Ópera Carlos Gomes, no Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, porém com as mudanças a maior parte dos fundos foi destinada à reforma do teatro do Centro de Convivência, com o restante aplicado na parte externa.[7]
Em 2023 a Prefeitura de Campinas concluiu a primeira fase da reforma do Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes, como parte das celebrações dos 250 anos da cidade. A reforma enfrentou desafios, incluindo infiltrações, e contou com um investimento de R$ 23,5 milhões. O Centro de Convivência permanecerá fechado até o final de 2024, quando a segunda etapa estiver concluída. A segunda fase incluirá melhorias na área técnica, de som, luminotécnica, acústica, e mais, com um orçamento de R$ 51,8 milhões e previsão de início em janeiro de 2024. A reforma visa revitalizar o espaço cultural e proporcionar uma nova casa para a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas. Além disso, a celebração dos 250 anos da cidade incluirá 250 realizações, abrangendo várias áreas administrativas.[8]
O projeto do Centro de Convivência foi feito pelo arquiteto Fábio Penteado em 1967,[9] desenvolvendo outros dois projetos do arquiteto que concorreram em concursos nos dois anos anteriores, um na própria cidade de Campinas ("Teatro de Ópera") e outro na cidade de Goiânia ("Monumento à Fundação de Goiânia"). A junção dos dois projetos, com o aumento da escala da praça multiuso no projeto goianiense e as finalidades do projeto campineiro.
O Centro de Convivência possui quatro edifícios em cruz, dos quais as partes superiores são arquibancadas para o Teatro de Arena “Teotônio Vilela”, com capacidade para aproximadamente cinco mil pessoas. Há uma Sala de Espetáculos “Luís Otávio Burnier”[10], com capacidade para 500 pessoas. Há espaços disponíveis para exposições de arte as Galerias “Aldo Cardarelli”, “Bernardo Caro” e “C”,[2] além de um espaço próprio para a construção de um bar, atualmente denominado “Sala Carlos Gomes”. Um quinto elemento se apresenta na torre de iluminação sobre a área destinada ao Teatro de Arena.
Aos sábados e domingos, ocorre a feira de artesanato e de quitutes, popularmente conhecida na cidade com Feira Hippie.