Caetano de Andrade Albuquerque de BettencourtComC • ComNSC (Roma, São João de Latrão, 21 de Janeiro de 1844 — Ponta Delgada, São José, 15 de Março de 1900)[1], mais conhecido por Caetano de Andrade ou Caetano de Andrade Albuquerque, foi um empresário agrícola, jornalista, escritor e político autonomista açoriano.[2]
Biografia
Caetano de Andrade foi filho unigénito de Caetano de Andrade Albuquerque de Bettencourt (Ponta Delgada, São José, 9 de Abril de 1827 - Roma, 14 de Abril de 1845 (era giba)), também filho unigénito, Senhor e herdeiro da grande casa vincular da sua família, e de sua mulher e prima-tia (Ponta Delgada, Rosto de Cão, Ermida de Jesus Maria José, 9 de Abril de 1842) Maria das Mercês de Andrade Albuquerque de Bettencourt (Ponta Delgada, 23 de Setembro de 1820 - Ponta Delgada, 7 de Agosto de 1906), irmã de João de Bettencourt de Andrade Albuquerque, tendo sido, pelo casamento em segundas núpcias sem geração de sua mãe (Ponta Delgada, Rosto de Cão, Ermida de Jesus Maria José, 21 de Novembro de 1846), enteado de seu primo António Borges da Câmara de Medeiros, por seu turno irmão mais novo de Duarte Borges da Câmara de Medeiros, 1.º Visconde da Praia, sendo também neto paterno de Caetano de Andrade Albuquerque de Bettencourt Raposo da Câmara (Ponta Delgada, São Roque, 2 de Março de 1788 - Ponta Delgada, São Roque, 8 de Dezembro de 1839), Senhor e herdeiro da grande Casa vincular administrada pelo pai e também Administrador dos Vínculos que herdou por morte de seu tio materno Manuel Raposo da Câmara, casado em Ponta Delgada, Fajã de Baixo, a 14 de Agosto de 1819 com Maria José Borges da Câmara de Medeiros (Ponta Delgada, Fajã de Baixo, 13 de Agosto de 1800 - 27 de Janeiro de 1858), deixando a sua terça à Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, irmã do acima mencionado 1.º Visconde da Praia. Descendente da mais rica aristocracia fundiária da ilha de São Miguel, primo de Duarte de Andrade Albuquerque de Bettencourt, 1.º Conde de Albuquerque, foi herdeiro duma enorme fortuna, na qual avultavam grandes propriedades na parte oeste do concelho de Ponta Delgada, com destaque para as Sete Cidades. Casou em Ponta Delgada, Matriz (hoje São Sebastião, a 20 de Outubro de 1873 com Isabel Maria Raposo do Amaral, da qual teve uma filha que casou com o 2.º Visconde de Porto Formoso, uma filha que faleceu solteira e outra filha casada e com geração, e um filho, casado e com um filho que morreu solteiro e sem geração.[3]
Fez parte, com Aristides Moreira da Mota e Gil Mont'Alverne de Sequeira, da subcomissão que foi encarregada de redigir a proposta de lei concedendo autonomia aos distritos açorianos que deveria ter sido apresentada nas Cortes pelos deputados autonomistas.
A cidade de Ponta Delgada dedica-lhe uma das suas principais artérias, a Rua Dr. Caetano de Andrade Albuquerque, nome atribuído à antiga Rua da Trindade, nome que advinha de nela existir a Ermida e Recolhimento da Trindade, imóveis do século XVI e hoje demolidas. O palacete que pertenceu ao Dr. Caetano de Andrade, hoje em mau estado de conservação, ficava-lhes anexo.
↑"Genealogias de São Miguel e Santa Maria", Rodrigo Rodrigues, Capítulo 55.º Da Descendência de António de Andrade, pp. 1124, 1125 e 1126
↑José Andrade, A Face Humana da Toponímia de Ponta Delgada, Edição da Câmara Municipal de Ponta Delgada, 2001
Bibliografia
Maria Filomena Mónica (coordenadora), Dicionário Biográfico Parlamentar (1834-1910), vol. I, pp. 376–378. Lisboa: Assembleia da República, 2004 (ISBN 972-671-120-7).