As vestes talares, de uso característico pelos clérigos, magistrados e académicos, têm sua origem nos trajes sacerdotais da antiga Roma.[1]
Vestes académicas
No ambiente acadêmico, fazem parte do cerimonial, sendo adotadas pelas universidadeseuropeias a partir do século XIII , com o aparecimento da figura do reitor. Símbolos de poder, de posição hierárquica, as vestes talares têm o objetivo de destacar as pessoas que as utilizam das demais, dando-lhes especial representatividade. Os advogados também usam vestes talares (toga) em sua profissão. A palavra talar vem do latim talus, calcanhar, daí a expressão veste talar, "aquela cujo comprimento vai até os calcanhares".[1][2][3]
Vestes talares reitorais
Beca preta, murça ou samarra brancas, capelo na cor branca, colar reitoral e bastão. A cor branca é exclusiva do reitor e representa todas as áreas do conhecimento.
Vestes talares doutorais
beca preta, samarra e capelo na cor da área de conhecimento do doutor.
Vestes talares professorais
beca longa, na cor preta, com torçal, borla pendente na cor de sua área de conhecimento.
Outras peças
Capa acadêmica
Não é considerada uma veste talar, mas se insere nos trajes especiais para o cerimonial na universidade.
Capa preta; mangas longas dobradas de branco; jabaeu branco (espécie de peitilho frente ao peito) e faixa na cintura, na cor da área de conhecimento do formando. Veja alguns termos utilizados no Cerimonial da Universidade, quanto às veste talares:
Beca
Capa preta de tecido diverso tem vários modelos. O mais comum é com mangas longas e duplas, pala larga, grandes costais, com sobrepeliz e franzido na cintura. Possui botões internos para abotoar, torçal com bola pendente, tarja na pala e costais, estas na cor da área do conhecimento do professor.
Suas medidas são iguais às da murça. Para os eclesiásticos é usada a túnica e para os magistrados, a beca.
Borla
Enfeite em forma de círculo, geralmente de madeira, recoberto de seda, com fios pendentes, preso pelo torçal que circunda a pala ou a gola da beca.
Capelo
Pequena capa, privativo do Reitor e dos Doutores Honoris Causa, sempre na área do conhecimento do doutor e na cor branca para o Reitor. Representa o poder temporal (analogia com a coroa real). Usado nas cerimônias de caráter oficial da Universidade, é obrigatório nas solenidades de concessão de grau, outorgas, posse, transmissão de cargo e na presença de autoridades. Os Reitores podem optar por não usá-los, devendo nesse caso, trazê-los na mão esquerda, colocando-os no centro da mesa, durante o evento.
Murça
Pequena capa, que vai até o cotovelo, usada sobre a sobrepeliz, assim como a samarra. Também conhecida como Muça.
Samarra
Também conhecido como chimarra ou simarra, é a veste superior das autoridades universitárias. Trata-se de uma túnica, pendente dos ombros até a altura do cotovelo, somente usado pelos Reitores, Chanceleres e Doutores. Outras pessoas, mesmo que representando o Reitor, não podem vesti-la. Os Reitores usam na cor branca, os doutores nas cores de sua área do conhecimento.[4]