Dentro da União Nacional, Moreira Baptista foi presidente da Comissão Concelhia de Cascais, vogal da Comissão Distrital de Lisboa e vogal, em 1957, da Comissão Executiva.[2]
Durante o período que esteve à frente desta secretaria de Estado, César Moreira Baptista afastou-a da orientação de promoção da cultura de António Ferro, incluindo da cultura popular/folclórica, para um serviço mais vocacionado para a promoção do país, e consequentemente do regime, em moldes mais modernos, e integrados na linha dos organismos de promoção turística, como forma de suavizar a imagem externa do regime.
Durante este período César Moreira Baptista foi um elemento fundamental, juntamente com Ramiro Valadão para a instrumentalização da RTP, que deixa de ser um serviço passivo de relato dos acontecimentos pelo ponto de vista do regime, para se tornar efectivamente numa ferramenta de propaganda, proactivo a favor do Governo.
Quando Marcelo Caetano sobiu ao poder, chamou-o para subsecretário de Estado da Presidência do Conselho e, mais tarde, a 7 de Novembro de 1973, nomeou-o para ministro do Interior, funções que desempenhava em 25 de Abril de 1974.
Nesse dia é um dos únicos dois ministros que acompanham o presidente do Conselho no Quartel do Carmo, e o segue ao Funchal. No regresso será preso, mas é libertado uns meses depois.
Durante a sua carreira, Moreira Baptista foi ainda director da FNAT, (actual Fundação INATEL) e director da Caixa de Previdência dos Organismos Económicos.[2]
César Henrique Moreira Baptista faleceu no ano de 1982.[2]
É elevado a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo a 20 de Outubro de 1971 e a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique a 21 de Junho de 1972[4]
Referências
↑Mello, Manuel José Homem (11 de junho de 2008). Artigo de opinião. «À beira do precipício…». Águeda. Soberania do Povo. Consultado em 19 de dezembro de 2012. Arquivado do original em 22 de fevereiro de 2014