Black Holes and Revelations é o quarto álbum de estúdio da banda inglesa de rock alternativo Muse. Foi lançado no começo do mês de julho de 2006. Na sua primeira semana, atingiu o número de 115.144 cópias vendidas no Reino Unido,[1] ultrapassando o número de vendas da primeira semana de seu álbum anterior, Absolution. Dentre as influências citadas pela banda para a composição do álbum, estão Queen, Millionaire, Sly and the Family Stone, Depeche Mode, Franz Ferdinand, além de músicas do sul da Itália.[2]
Este álbum tem várias "indiretas" políticas e até sci-fis, com as letras cobrindo tópicos variados como corrupção na política, invasão alienigena, teorias de conspiração e as costumeiras canções de amor.
O álbum vendeu 115,144 cópias na primeira semana no Reino Unido,[1] mais do que qualquer outro álbum do Muse até o lançamento de The Resistance, superando o outro campeão de vendas o álbum Absolution. Black Holes and Revelations recebeu a certificação de platina pela BPI e foi nomeado a um Prêmio Mercury.[3] Cinco canções deste álbum foram liberadas como singles na Grã-Bretanha, dos quais 3 foram também distribuídos nos Estados Unidos. Uma turne mundial seguiu o lançamento do álbum com shows pelo Reino Unido, Estados Unidos, Canada, Austrália e em diversas localidades na Europa e na Ásia.
O álbum Black Holes and Revelations vendeu mais de 3 milhões de cópias pelo mundo sendo o disco mais vendido do Muse até agora.
O álbum anterior do Muse, Absolution, lançado em 2003 foi sucesso entre a crítica e entre os fãs. Absolution também colocou a banda em destaque nos Estados Unidos.[4]
A banda então foi para o seu château particular na França para escrever o novo álbum.[2] O líder Matthew Bellamy disse que a banda queria se livrar de qualquer distração e então "concentrar, ficar juntos e se cercar de influências musicais diferentes".[2] O álbum foi parcialmente gravado no mesmo estúdio frances que a banda Pink Floyd gravou seu disco The Wall, no qual Wolstenhome disse que "que era bom saber que algo legal foi feito aqui".[5] Contudo, a banda achava que a gravação estava muito lenta e eles estavam tendo dificuldades para decidir que músicas entrariam no álbum.[2] Eles então decidiram viajar até New York City para encerrar as gravações.[2]
O baixista Chris Wolstenholme disse que escrever e gravar Black Holes and Revelations foi mais relaxante do que os outros álbuns, já que a banda não tinha um prazo para entregar o trabalho.[5] Foi a primeira vez que eles de fato entraram em contato com a tecnologia de gravação, já que anteriormente eles dispensaram engenheiros de som.[5] Bellamy disse que esta foi a primeira vez que o Muse fazia um álbum sem se preocupar em como as músicas soariam ao vivo.[6]
A canção "Soldier's Poem", acabou soando "bem diferente do que já fizemos". O baterista Dominic Howard disse que eles queriam gravar de forma maciça e épica mas eles recuaram e decidiram gravar num estúdio pequeno com equipamentos não tão modernos e poucos microfones. Muse ficou satisfeito com o resultado do disco e Howard descreveu como "verdadeiro destaque" e descreveu os vocais como "o melhor vocal que Matt já fez".
Black Holes and Revelations foi descrito pelos analistas como sendo de carater político a maioria das letras da músicas.[7] O álbum começa com a faixa "Take a Bow", que é um "ataque a um líder político não mencionado", incorporando letras como "corrupto, seu corrupto e você traz corrupção a tudo que toca".[7] Esse tema é levado também nas canções "Exo-Politics" e "Assassin".[7] O CD também foca em alguns temas polêmicos, como "A conspiração da Nova Ordem Mundial, guerra injustificada, abuso de poder, manipulação conspiratória e populismo revoltado",[8] e outras influências conspiratórias que é de interesse dos membros da banda.[9] Matt Bellamy disse numa entrevista que ele acha que "o desconhecido em geral é uma área estimulante para a imaginação",[8] e isso é refletido durante o disco, que menciona invasões alienigenas (em "Exo-Politics")[6] e paranóia rebelde (especialmente em "Assassin").[7] O álbum também tem um toque emocional, incluindo pena, ambição,[7] e amor.[10]
O título, tirado da canção "Starlight", foi explicado por Matthew Bellamy em numa entrevista em setembro de 2006 para a revista Q: "Black Holes & Revelations ("Buracos negros e revelações") – elas são as duas áreas exploradas para escrever as letras das canções neste álbum. Uma revelação sobre si mesmo, algo pessoal, algo genuíno do dia-dia que todos podem se identificar. E o buraco negro são as cançãos das partes mais... desconhecidas da imaginação."[11]
O álbum foi lançado em 3 de julho de 2006 no Reino Unido, sendo lançado logo depois nos Estados Unidos, na Austrália, em Taiwan e no Japão. Foi lançada também uma versão CD/DVD limitada, com uma versão ao vivo da banda tocando "Supermassive Black Hole", "Knights of Cydonia" e "Starlight". Além disso, foi relançado nos EUA em vinil em 18 de agosto de 2009. O álbum recebeu duas certificações de Platina na Inglaterra em 22 de dezembro de 2006 ao chegar a marca de mais de 600 mil cópias vendidas naquele país.[3] Singles então foram lançados tanto na Grã-Bretanha quanto nos Estados Unidos, apesar de terem sido liberados em ordens e datas diferentes em cada país. Todos os singles exceto "Map of the Problematique" foram disponibilizados em vinil, CD, DVD (contendo o video clipe oficial da música) e como download digital.
Na Inglaterra, o primeiro single do álbum foi "Supermassive Black Hole" e foi liberado ao público em 19 de junho de 2006, antes do lançamento do álbum. O single chegou a 4ª posição no UK Singles Chart, fazendo desta canção a mais bem sucedida da banda nas paradas de sucesso inglesas. O single foi logo seguido pelas canções "Starlight", "Knights of Cydonia", "Invincible" e "Map of the Problematique", sendo que único que chegou ao Top 10 britânico foi "Knights of Cydonia".[12]
O primeiro single deste álbum lançado nos EUA foi "Knights of Cydonia", em 13 de junho de 2006, que chegou a posição #10 nas paradas da Billboard Modern Rock Tracks. A banda então lançou "Starlight" e "Supermassive Black Hole". "Starlight" foi o single mais popular lançado nos EUA chegando a posição #2 na Modern Rock Tracks.[13]
Todas as letras escritas por Matthew Bellamy, todas as músicas compostas por Muse.
O álbum vendeu 115,144 cópias em sua primeira semana de vendas no Reino Unido, que foi bem melhor que o lançamento anterior do Muse, o disco Absolution.[1] A BPI deu então ao álbum certificação tripla de platina, depois que o CD vendeu mais de 1 milhão de cópias em solo britânico. O álbum também acabou recebendo um Mercury Prize.[3]
Black Holes and Revelations foi bem recebido pelos críticos. A Metacritic deu um parecer de 75% de aprovamento, baseado em 35 revisões.[14] O CD também foi bem recebido pelo Observer Music Monthly,[25] pela revista Q[22] e pela Alternative Press.[16] A Planet Sound nomeou Black Holes and Revelations o Álbum de 2006 e a NME colocou o álbum entre os melhores de 2006 também,[26] e a Q magazine disse que o disco era o segundo melhor do ano.[27] O disco recebeu uma nomeação ao prêmio Mercury Prize. Ele também foi nomeado pela revista Classic Rock como um dos 10 melhores álbuns progressistas da década.[28]
Sam Ubl da Pitchfork Media não gostou do álbum e deu nota 4.2, falando da falta de inovação e do som "cansado", dizendo que Muse, "sempre tão adoravelmente fraquinho [...] conseguiu ser pior ainda."[29] Alguns criticos disseram que o álbum era "demasiado", incluindo Bill Lehane da Radio Telefís Éireann,[30] Anthony Thornton da NME,[21] e Chris Hoard da Rolling Stone.[23] Hoard descreveu "Knights of Cydonia" e "City of Delusion" como "ridiculo" mas concluiu dizendo que "surpreendentemente" tudo deu certo com o álbum.[23] A A.V. Club, por outro lado, deu crédito a banda por tentar inovar e mudar seu som mas chamou o álbum de "pesadelo".[31]
Recentemente, a revista britânica NME colocou este CD na 65ª posição na lista do "Top 100 Greatest Albums of the Decade".[32]
Em julho de 2006, anunciou que para apoiar o lançamento do álbum, eles sairiam em "sua maior turnê já feita".[33] O primeiro show foi no festival Leeds and Reading, seguido por uma turnê que visitou vários países em praticamente todos os continentes.[33] A banda fez paradas em países como Reino Unido, grande parte da Europa, incluindo Portugal, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão, República Popular da China, Coreia do Sul e Brasil.[34] Alguns shows que contariam com o suporte da banda My Chemical Romance nos EUA quando membros da equipe da banda sofreram com intoxicação alimentar.[35] A parte americana da turnê incluiu um show no ginásio Madison Square Garden e uma participação no Lollapalooza.[36]
O maior show da turnê foram as duas noites de apresentações no novo Wembley Stadium em 16 e 17 de junho de 2007. ELes foram a primeira banda a vender todos os ingressos no novo estádio.[37] O concerto acabou sendo lançado em DVD com um álbum ao vivo. Este CD/DVD recebeu o nome de HAARP e foi um sucesso em vendas.[37]