Aristides Augusto Milton, mais conhecido como Aristides Milton (Cachoeira, 29 de maio de 1848 — Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 1904), foi um magistrado, político, periodista e historiador brasileiro, membro dos Institutos Históricos do Brasil e da Bahia. Foi presidente da província de Alagoas, de 6 de janeiro a 18 de junho de 1889.[1]
Nasceu Aristides Milton no Recôncavo Baiano, filho do major Tito Augusto Milton e de Leopoldina Clementina Milton; realizou os estudos fundamentais no Ginásio Baiano, do Barão de Macaúbas.[2]
Formou-se em Direito no ano de 1868, pela Faculdade de Direito do Recife, logo a seguir ingressando na magistratura, sendo juiz em Lençóis e depois substituto em Salvador, no Piauí e, voltando à Bahia, em Maracás; durante esse período também milita no Partido Conservador, pelo qual é eleito deputado provincial em mais de uma legislatura.[2]
Entre 1886 a 1889 é deputado geral (equivalente ao mandato de deputado federal), exercendo a função de secretário da Câmara; participando da política com a Proclamação da República, é deputado constituinte em 1889 e deputado federal nas quatro primeiras legislaturas do novo regime, e foi presidente da comissão encarregada da elaboração do novo Código Penal.[2]
Durante algum tempo foi o chefe de polícia em Sergipe e, de volta à cidade natal, exerce ali a vereança e a presidência da Câmara local; ali também atua como provedor da Santa Casa de Misericórdia da cidade.[2] Em 1881 assumiu a presidência de Alagoas.
Na imprensa foi fundador, ainda quando estudante e ao lado de colegas como Castro Alves, do jornal "O Futuro" (no Recife);[2] ele havia conhecido Alves ainda bem criança, quando este brevemente morou em Cachoeira e ambos foram alunos do mestre-escola Antônio Frederico Loup, voltando a se encontrar nos bancos do Ginásio Baiano.[3] contribuiu com o "Correio da Bahia" de 1872 a 1876, quando este jornal era um órgão vinculado ao Partido Conservador; na cidade natal fundou o "Jornal de Cachoeira".[2]
Participa como membro fundador do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, e é colaborador em sua revista; em primeiro de agosto de 1896 foi eleito membro correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.[2]
Dentre outros trabalhos, Aristides Milton publicou:[2]
Publicou ainda:[4]
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