Adelino Clemente Gomes ComIH (Marrazes, Leiria, 10 de agosto de 1944) é um jornalista português.[1]
Após frequentar o Liceu Nacional de Leiria, estudou Filosofia e Direito na Universidade de Lisboa, cursos que nunca concluiu para se dedicar ao jornalismo. Na rádio foi locutor do Rádio Clube Português, da Rádio Renascença e da Deutsche Welle, diretor de informação e realizador de programas na Radiodifusão Portuguesa.
Destacou-se como jornalista na cobertura da Revolução dos Cravos (Ver: Cravos de Abril),[2][3][4][5] sendo ao mesmo tempo um dos mais importantes colaboradores do repórter alemão Horst Hano, da ARD, durante o tempo em que este atuou em Portugal (1974/76). Trabalhou como repórter na RTP em 1975, no período mais delicado da revolução, cobrindo acontecimentos como o 11 de Março de 1975, o início da guerra civil em Angola e a guerra civil em Timor. Retomou esse dossier no Público, jornal que ajudou a fundar em 1989 e do qual foi diretor-adjunto e redator-principal.
É coautor do disco 'O dia 25 de Abril (duplo álbum com a reportagem sobre a revolução)[6] e dos livros Portugal 2020 (1998), O 25 de Abril de 1974 — 76 fotografias e um retrato (1999), Carlos Gil - um fotógrafo na revolução (2004), As flores nascem na prisão, Timor-Leste - ano 1 (2004) e coautor de Os dias loucos do PREC (2006).[7]
A 10 de junho de 1991, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.[8]
Desempenhou o cargo de Provedor do Ouvinte da RDP (2008-2010) sucedendo a José Nuno Martins.
Lecionou na Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa (1975-1981), na Escola Superior de Jornalismo do Porto (1986) e na Universidade Autónoma de Lisboa (1992-2002). Foi formador no CENJOR - Centro de Formação Protocolar para Jornalistas e coordenou o Curso de Formação de Jornalistas e Animadores de Emissão da TSF.
Doutorou-se em Sociologia (especialidade em Sociologia da Comunicação, da Cultura e da Educação) em 2011, no ISCTE-IUL, com uma tese intitulada O telejornal e o zapping na era da Internet. Estudo do comportamento de editores e telespectadores nos jornais televisivos das 20 horas da RTP1, SIC e TVI (2006-2010)[9][10] É atualmente investigador associado no CIES-IUL.
Dedicou-se à formação de jovens jornalistas de cursos universitários em 2013/14.[11][12]
Referências
- ↑ Adelino Gomes Arquivado em 2 de outubro de 2016, no Wayback Machine. – biografia na RTP
- ↑ Estes homens estiveram frente a frente, tinham o dedo no gatilho e não dispararam – artigo de Bárbara Reis no jornal Público, 21 de julho de 2016
- ↑ Adelino Gomes volta “a casa” para recordar a revolução dos cravos Arquivado em 5 de fevereiro de 2016, no Wayback Machine. – notícia, Região de Leiria, 25 de abril de 2012
- ↑ "Os Rapazes dos Tanques" - 25 de Abril em fotos, notícia da Câmara Municipal de Lisboa, 25 de março de 2014
- ↑ O Dia perfeito – notícia no Magazine, 2014
- ↑ Abrir no Youtube O dia 25 de Abril "Diário da revolução/1974" (LP/duplo 1974), edição conjunta Seara Nova e Sassetti (2500 exp.)
- ↑ Os dias loucos do PREC – apresentação do livro em SÓ TEXTOS, 18 de abril 2006
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Adelino Clemente Gomes". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 22 de julho de 2019
- ↑ O telejornal e o zapping na era da Internet. Estudo do comportamento de editores e telespectadores nos jornais televisivos das 20 horas da RTP1, SIC e TVI (2006-2010)
- ↑ Livro de Adelino Gomes sobre jornalismo televisivo – artigo de Rogério Santos em Indústrias Culturais
- ↑ Adelino Gomes: ser jornalista é ser um eterno estudante – inauguração de mestrado na Universidade Autónoma de Lisboa, 11 de agosto 2013
- ↑ Adelino Gomes: o jornalismo, antes e depois – notícia na 8ª Colina, 27 de abril de 2014
Ligações externas