O óleo de gergelim é rico em ácidos graxosinsaturados e apresenta vários constituintes secundários que são importantíssimos na definição de suas qualidades. Entre os constituintes menores do óleo de gergelim, encontram-se o sesamol, a sesamina e a sesamolina.[2]
A composição do óleo de gergelim pode ser influenciada pela disponibilidade hídrica, durante o estágio de desenvolvimento das plantas.[4]
História
Sementes de gergelim foram uma das primeiras culturas processadas para a produção de óleo, bem como um dos primeiros condimentos. O gergelim foi cultivado durante a Civilização do Vale do Indo e foi a principal cultura de óleo. Foi provavelmente exportado para a Mesopotâmia por volta de 2500 aC.[5] Nos últimos 6000 anos, o óleo de gergelim foi incorporado em vários alimentos.[6] Porém, o uso desse óleo não foi limitado apenas para a alimentação. Entre os séculos VI a VIII d.C, era comum a sua utilização como combustível para abastecer lâmpadas em Xinjiang (China), durante a dinastia Tang.[7]
Compostos bioativos
O óleo de gergelim apresenta uma estabilidade relativamente superior do que outros óleos vegetais, mesmo tendo elevado teor de ácidos graxos insaturados e baixa quantidade de ácidos graxos livres na forma aromatizada não refinada. Esse fato se dá devido às suas lignanas e tocoferóis inerentes e aos produtos de reação de escurecimento que são gerados durante a torragem das sementes de gergelim. Ademais, há um efeito sinérgico entre esses componentes que[8] causa um efeito anti-envelhecimento e reduz o colesterol no sangue, em virtude da aceleração da decomposição do álcool no fígado, e atividade antihipertensiva e anticarcinogênica.[4] As lignanas do óleo de gergelim podem ser divididas em dois tipos:
● Lignanas inerentes (sesamina, sesamolina)
● Lignanas formadas principalmente durante o processo de produção do óleo (sesamol, por exemplo).
As propriedades antioxidantes do sesamol conferem ao óleo uma elevada estabilidade química evitando a rancificação, sendo entre os demais óleos de origem vegetal, o que apresenta a maior resistência à oxidação.[8]
Usos
O óleo de gergelim pode ser utilizado na produção de novos produtos para enriquecê-los nutricionalmente ou pode ser adicionado em produtos que contêm baixo teor de compostos bioativos, assim, aumentando os efeitos benéficos à saúde.[9] Essa função do óleo de gergelim está crescendo nos últimos anos, devido à tendência global de redução de usos de aditivos sintéticos. Um exemplo seria a adição de óleo de gergelim à margarina e aos óleos de salada e fritura graças à sua elevada estabilidade oxidativa.[2]
O óleo de gergelim também pode ser utilizado como ativador de certas substâncias inseticidas, como a rotenona e a piretrina, que tem seus efeitos tóxicos aumentados em presença do óleo de gergelim. Esta propriedade é exclusiva do óleo de gergelim, e é atribuída, principalmente, à sesamina.[2]