Filho de Vivaldo de Jesus Barra e Maria Trindade Martins Cardoso, Éder Mauro cursou a educação básica na Escola Estadual Pedro Amazonas Pedroso, em Belém do Pará, trabalhando como contínuo (office boy) desde os treze anos de idade.[4]
Logo após a graduação, ingressou na carreira policial como delegado de polícia em Belém, permanecendo no cargo durante trinta anos, entre 1984 e 2014,[5] quando disputou pela primeira vez uma eleição para deputado federal pelo Pará, conseguindo eleger-se para a 55.ª legislatura (2015-2019), à época filiado ao Partido Social Democrático (PSD), recebendo 265.983 votos e assumindo o mandato em fevereiro de 2015.[4]
Em 5 de agosto de 2016, teve o seu nome confirmado pelo PSD para concorrer à prefeitura de Belém, em uma convenção realizada em uma casa de shows no bairro do Reduto.[6] O deputado, porém, ocupou a terceira ocupação naquele pleito, angariando 128.549 votos (16,53%) e ficando atrás de Zenaldo Coutinho(PSDB) e Edmilson Rodrigues(PSOL).[7]
Em 2024, Éder Mauro se candidatou como prefeito da capital Belém, chegando ao segundo turno, mas foi derrotado por Igor Normando, do MDB. O deputado recebeu 326.411 votos, equivalentes a 43,64% dos votos válidos.[19]
Em 2013, o deputado e outros cinco policiais já haviam sido acusados por torturar e forjar um flagrante de extorsão contra uma mulher que, supostamente, teria sido atraída ao escritório do então prefeito da cidade de Santa Izabel do Pará, Marió Kató (PMDB), para ser paga por uma dívida mas foi abordada e agredida pelos policiais. Ainda no mesmo ano, os acusados foram absolvidos por falta de provas.[20]
Em 1 de maio de 2019, Éder Mauro teve seu perfil oficial no Facebook removido devido à publicação de conteúdos considerados violentos e que violavam as diretrizes do site.[23] Já em 26 de maio do mesmo mês, durante uma eleição para associação de moradores em Belém, Éder Mauro foi acusado de agredir a advogada e servidora pública Bruna Lorrane. Segundo Bruna, as agressões lhe causaram vários "hematomas" pelo corpo. Éder Mauro classificou as acusações como "fake news".[24]
Em julho de 2019, Mauro foi denunciado à Procuradoria Geral da República por suposto crime de homofobia. Ele teria criticado o fato de um estudante e ativista LGBTI ter sido eleito coordenador-geral do Diretório Central de Estudantes. O estudante disse que o episódio configurava "ato de homofobia" e que, após o ocorrido, passara a sofrer manifestações de ódio na internet.[25]
Acusação de quebra de decoro parlamentar
Em 2015, o então deputado federal Jean Wyllys classificou como fraude um vídeo postado por Éder Mauro, e o acusou de manipular falas antigas fora de contexto com a intenção de prejudicar a imagem pública de Jean. Mauro respondeu ao Conselho de Ética da câmara dos deputados pela divulgação do vídeo mas negou ter sido o autor da manipulação.[26] Em setembro de 2017, porém, o Conselho de Ética arquivou por unanimidade o processo por quebra de decoro contra o deputado Éder Mauro e não aplicou nenhuma punição.[27]