Filho de Pedro Theon, Vímara Peres foi um dos responsáveis pela repovoação da linha entre o Minho e Douro e, auxiliado por cavaleiros da região, pela acção de presúria do burgo de Portucale (Porto), que foi assim definitivamente conquistado aos muçulmanos no ano de 868.[2] Nesse mesmo ano, tornou-se o primeiro conde de Portucale.
Vímara Peres foi também o fundador de um pequeno burgo fortificado nas proximidades de Braga, Vimaranis (derivado do seu próprio nome), que com o correr dos tempos, por evolução fonética, tornou-se a moderna Guimarães, tendo sido o principal centro governativo do Condado Portucalense quando da chegada do conde Dom Henrique.
Foi em Guimarães que viria a falecer, em 873. O seu filho, Lucídio Vimaranes (patronímico que significa "filho de Vímara"), sucedeu-lhe à frente dos destinos do condado, instituindo-se assim uma dinastia condal que governaria a região até 1071.
[a]^ "Audivia era a filha de Vímara e Trudildi (…), pelas datas poderia ser a filha do conde Vímara Peres (…) nenhum documento desse período identifica a esposa do conde e talvez ela se chamava Trudildi, nome frequente nas famílias condais portuguesas e galegas do meados do século X." Cfr. Torres Sevilla-Quiñones de León (1988), p. 304, nota. 21.
Martínez Díez, Gonzalo (2004). El Condado de Castilla (711-1038). La historia frente a la leyenda (em espanhol). Valladolid: Junta de Castilla y León. ISBN84-9718-275-8
Mattoso, José (1970). As famílias condais portucalenses dos séculos X e XI. Porto: Instituto de Alta Cultura: Centro de Estudos Humanísticos, Faculdade de Letras da Universidade do Porto. OCLC427415056