Os Verdes/Aliança Livre Europeia (em inglês: The Greens/European Free Alliance, Greens/EFA) é um grupo parlamentar do Parlamento Europeu, composto por deputados de duas famílias de partidos políticos, o Partido Verde Europeu e a Aliança Livre Europeia, juntamente com Partido Pirata Europeu, Volt Europa e partidos nacionais independentes.
O Partido Verde Europeu agrupa partidos ambientalistas; a Aliança Livre Europeia é uma aliança de partidos representando movimentos regionalistas e nações sem estado, por norma de orientação progressista.[1] Também integram o grupo partidos não afiliados a nenhuma dessas organizações pan-europeias, como o Partido Pirata da Suécia e a Europa Transparente dos Países Baixos (entre 2004 e 2009).
(Até 31/01/2020)
(Após 31/01/2020)
A existência de um grupo parlamentar europeu agrupando ecologistas e regionalistas remonta a 1984, com a criação do Grupo Arco-Irís (de seu nome completo Grupo Arco-Irís: Federação da Aliança Verde Alternativa Europeia, do Agalev-Ecolo, do Movimento Popular Dinamarquês contra a Comunidade Europeia, e da Aliança Livre Europeia no Parlamento Europeu).
Após as eleições desse ano, o grupo foi criado englobando os 7 deputados dos Verdes alemães,[2] 1 do Ecolo valão, 1 do Agalev flamengo, 2 da União Popular flamenga (a atual Nova Aliança Flamenga),[3] 4 do Movimento Popular contra a CEE dinamarquês,[4] 1 da Democracia Proletária italiana, 1 do Federalismo - Europa dos Povos italiano (uma aliança de partidos regionais, tendo o lugar sido ocupado pelo Partido Sardo da Ação), 1 do Partido de Unidade Proletária italiano (eleito nas listas do PCI)[5] e 2 do Acordo Progressista Verde holandês[6] (aliança entre o Partido Político dos Radicais, o Partido Socialista Pacifista, o Partido Comunista dos Países Baixos e o Partido Verde dos Países Baixos).
Vários desses agrupamentos, por distintas razões, praticaram a rotação dos mandatos: um dos lugares do Acordo Progressista Verde foi partilhado entre o Partido Político dos Radicais e o Partido Comunista dos Países Baixos; também os deputados alemães exerceram apenas meio mandato, passando o lugar aos seguintes da lista.
Após as eleições de 1989, o Grupo Arco-Irís dividiu-se em dois: os partidos regionalistas continuaram no Grupo Arco-Irís, agora agrupando a União Popular flamenga;[3] a União do Povo Corso; a Liga Lombarda e o Partido Sardo da Ação italianos;[5] o Movimento Popular contra a CEE dinamarquês;[4] o Eusko Alkartasuna (eleito na coligação Pela Europa dos Povos) e o Partido Andaluz espanhóis;[7] o Partido Nacional Escocês;[8] e o Fianna Fail Independente irlandês.[9]
Na sequência das eleições de 1994, os regionalistas deixarem de ter deputados suficientes para manter um grupo próprio, tendo-se associado à ala esquerda dos Radicais franceses e à Lista Pannella (organizada a partir do Partido Radical italiano) para criar a Aliança Radical Europeia.
Já os ecologistas criaram o Grupo Verde, inicialmente agrupando os Verdes alemães,[2] franceses, belgas,[3] italianos,[5] holandeses[6] e portugueses,[10] e também a Democracia Proletária e a Lista Antiproibicionista das Drogas italianas[5] e a Euskadiko Ezkerra espanhola[7] (eleita na coligação Esquerda dos Povos).
Em 1999, o grupo da Aliança Radical Europeia deixou de existir e os partidos da ALE representados no Parlamento Europeu reuniram-se ao Grupo Verde, dando origem ao atual grupo Os Verdes - Aliança Livre Europeia.