Ubi sunt (traduzido literalmente como "onde estão…") é uma expressão em latim retirada da frase Ubi sunt qui ante nos fuerunt?, que significa "Onde estão aqueles que foram antes de nós?". Ubi nunc…? ("Onde agora?") é uma variante comum.[1]
O ubi sunt é, na verdade, uma reflexão sobre a morte e sobre a transitoriedade da vida e, geralmente, causa um efeito de nostalgia.
A expressão ubi sunt pode ser encontrada no início de vários poemas medievais em latim e ocorre, por exemplo, na segunda estrofe da canção "De Brevitate Vitae" (também conhecida como "Gaudeamus igitur").
Exemplos
É do poeta francês da Idade Média, François Villon, um famoso exemplo de ubi sunt. Trata-se da pergunta "Où sont les neiges d'antan?" ("Onde estão as neves de antanho?"), de Ballade des dames du temps jadis ("Balada das mulheres dos tempos passados"). O refrão foi retomado na ácida e irônica composição de Bertolt Brecht e Kurt Weill, "Nanna's Lied", na qual expressa a memória de uma prostituta não arrependida, a curto prazo, com o seguinte refrão:
Wo sind die Tränen von gestern abend?Wo ist der Schnee vom vergangenen Jahr?[2]
Que aconteceu com o Rei Dom Juan? O Príncipe de Aragão, Que aconteceu com todos eles? Que houve com tanto galão? e com tantas invenções que trouxeram? As justas e os torneiros, paramentos, bordaduras e cimeiras? Foram, senão, devaneios? que foram, senão, picardias das eras?