Tática de choque ou ataque de choque é o nome de uma manobra ofensiva que tenta colocar o inimigo sob pressão psicológica por meio de um avanço rápido e totalmente comprometido com o objetivo de fazer com que seus combatentes recuem. A aceitação de um maior grau de risco para alcançar um resultado decisivo é intrínseca às ações de choque.
Pré-moderno
As táticas de choque eram geralmente executadas pela cavalaria pesada, mas às vezes eram realizadas pela infantaria pesada. A tática de choque mais famosa é a carga de cavalaria medieval. Este ataque de choque foi conduzido por cavalaria fortemente blindada e armada com lanças, galopando a toda velocidade contra uma infantariaou formações de cavalaria inimigas. O primeiro instrumento móvel para a tática de choque foi a biga.[1]
Modernidade
Após a introdução das armas de fogo, o uso da carga de cavalaria como tática militar comum diminuiu. A ação de choque da infantaria exigia segurar o fogo até que o inimigo estivesse muito próximo e era usada tanto na defesa quanto no ataque.[2] A tática favorita do duque de Wellington era a infantaria disparar uma saraivada e depois gritar e atacar.[3][4] O crescente poder de fogo das metralhadoras, morteiros e artilharia tornou esta tática cada vez mais perigosa. A Primeira Guerra Mundial viu o ataque da infantaria no seu pior momento, quando massas de soldados realizaram ataques frontais, e muitas vezes desastrosos, contra posições inimigas entrincheiradas.
As táticas de choque começaram a ser viáveis novamente com a invenção de tanques e aviões. Durante a Segunda Guerra Mundial, os alemães adaptaram as táticas de choque à guerra mecanizada moderna, conhecida como blitzkrieg, que obteve conquistas consideráveis durante a guerra e foi posteriormente adotada pela maioria dos exércitos modernos.