A maioria dos exércitos europeus manteve regimentos de cavalaria armados de lança até à Primeira Guerra Mundial. A partir daí, a lança tornou-se apenas uma arma cerimonial.
Uniformes
Dado que a fonte de inspiração para a criação de unidades de lanceiros em quase todos os Exércitos europeus, foram os Ulanos polacos, o uniforme dos mesmos serviu também como modelo para essas unidades. O item de uniforme mais característico era a cobertura com um tampo quadrado, chamada czapka. A czapka, que em turco significa simplesmente chapéu, era a cobertura padrão de todas as unidades militares polacas.
Lanceiros em Portugal
No Exército Português foram criadas unidades de Lanceiros por ambos os contendores nas Guerras Liberais. O primeiro foi o exército liberal que criou o Regimento de Lanceiros da Rainha equipado e fardado à polaca, que logo se tornou uma unidade de elite. Para contrariar o uso daquela arma pelos liberais, o exército absolutista transformou o Regimento de Cavalaria do Fundão numa unidade de lanceiros. No final da guerra as unidades de Lanceiros tornaram-se permanentes até aos dias de hoje.
O uso da lança como arma operacional foi mantido no Exército Português até à Primeira Guerra Mundial, sendo utilizada em combate nas campanhas coloniais dos finais do século XIX e princípios do XX. A partir daí passou a ser utilizada apenas como arma cerimonial, situação que ainda se mantém no Regimento de Lanceiros Nº 2.
Em 1953 o Regimento de Lanceiros Nº 2 foi designado como a unidade organizadora da então criada Polícia Militar. Desde então, os militares da actual Polícia do Exército são chamados Lanceiros.