Os termos três tesouros, três preciosidades ou três jóias (chinês: 三寶; pinyin: sānbǎo; Wade-Giles: san-pao), se referem às três virtudes consideradas como valores básicos no taoismo.
Encontramos as primeiras referências ao têrmo sānbǎo, no capítulo 67 do Tao Te Ching. O famoso escritor Lin Yutang (1948:292) afirma que este trecho inclui "os mais belos ensinamentos" de Laozi:
我有三寶持而保之一曰慈二曰儉三曰不敢為天下先 Três jóias aprecio e preservo: A primeira chama-se misericórdia; A segunda chama-se moderação; A terceira chama-se não buscar o poder. Antes a misericórdia, depois coragem; Antes moderação, depois generosidade. Antes não buscar o poder, depois liderar homens de talento. (trecho do capítulo 67, conforme tradução disponível no Wikisource)
我有三寶持而保之一曰慈二曰儉三曰不敢為天下先
Três jóias aprecio e preservo:
A primeira chama-se misericórdia;
A segunda chama-se moderação;
A terceira chama-se não buscar o poder.
Antes a misericórdia, depois coragem;
Antes moderação, depois generosidade.
Antes não buscar o poder, depois liderar homens de talento.
(trecho do capítulo 67, conforme tradução disponível no Wikisource)
A linguagem poética do Tao Te Ching é notoriamente difícil de traduzir, como ilustram as diversas traduções dos "três tesouros" abaixo.
A partir desta comparação, uma tradução consensual destes têrmos poderia ser: compaixão ou amor, frugalidade ou simplicidade, e humildade ou modéstia.
Além dos "três tesouros" taoistas, o têrmo chinês sānbǎo também pode se referir aos três tesouros na medicina tradicional chinesa, ou aos três tesouros do budismo. Victor H. Mair (1990:110) observa que os budistas chineses escolheram o termo taoísta sānbǎo para traduzir o sânscrito triratna ou ratnatraya, e "não é de todo estranho que os taoistas pegariam essa antiga expressão generalizada indiana para usá-la para seus próprios fins".