Nota: Para as séries de televisão de mesmo nome, veja V (série de televisão). Para o filme de 2014 que adotava The Visitors como nome provisório, veja Extraterrestrial.
"When All Is Said And Done" Lançamento: 23 de dezembro de 1981
"Head Over Heels" Lançamento: 19 de março de 1982
"The Visitors" Lançamento: 5 de Abril de 1982
The Visitors é o oitavo álbum de estúdio do grupo sueco ABBA.[1] Foi lançado no dia 30 de novembro de 1981. Marca seu afastamento da música pop "mais leve" que faziam para uma sonoridade e letras mais complexas e maduras.[1] A faixa de abertura, "The Visitors", com seus sinistros sons de sintetizadores e o distinto vocal principal de Frida, anunciava uma mudança no estilo musical.
Com Benny e Frida seguindo caminhos distintos, a dor da separação foi explorada, outra vez, em "When All Is Said and Done". O maior sucesso, "One Of Us", foi a segunda música que retratou a separação de Agnetha e Björn, sendo a primeira "The Winner Takes It All" do álbum anterior, Super Trouper. Nas outras faixas há temas frios, tratando sobre o contexto histórico da época - Guerra Fria - e mais canções de isolamento e pesar.
The Visitors foi um dos primeiros discos a serem gravados e mixados digitalmente, e foi o primeiro na história a ser prensado no formato de CD, em 1982. Foi relançado e remasterizado digitalmente três vezes - primeiro em 1997, depois em 2001 e novamente em 2005 como parte do box The Complete Studio Recordings.
Comercialmente, embora não tenha repetido o sucesso de seus antecessores, atingiu a marca de 5 milhões de cópias vendidas no mundo.[2]
Gravação e lançamento
A gravação do que viria a ser o último álbum de estúdio do ABBA começou em 16 de março de 1981.[3] A essa altura, as tensões no grupo haviam aumentado. Björn Ulvaeus e Agnetha Fältskog se divorciaram no mês de julho do ano anterior, enquanto o outro casal da banda, Benny Andersson e Anni-Frid Lyngstad, anunciaram o divórcio em fevereiro de 1981, aumentando a tensão na parceria musical.[3] Björn mencionou em retrospecto que as sessões foram problemáticas, observando: "Eram congelantes as vezes".[4] Frida também comentou que eles estavam começando a se cansar de trabalharem juntos.[4]
Os membros do ABBA e sua equipe definem as lembranças das sessões de gravação como bastante difíceis.[3] Para começar, o engenheiro de som Michael Tretow teve que se acostumar a usar o novo gravador digital de 32 faixas que havia sido comprado para o Polar Music Studios.[3] Ele disse: "A gravação digital... retirou todo o chiado, mas também significava que os sons foram retirados drasticamente a um certo nível. O som simplesmente ficou muito limpo, então eu tive que encontrar maneiras de compensar isso".[3] As três primeiras faixas já haviam sido gravadas usando fita analógica e, portanto, Tretow teve que transferir todas as faixas subsequentes do digital para o analógico e vice-versa para evitar uma diferença de qualidade. [3]
Em seu lançamento, The Visitors alcançou o topo das paradas em vários países, mas não teve tanto sucesso quanto seus álbuns anteriores. [5]
The Visitors foi lançado como uma edição Deluxe em 23 de abril de 2012.[6] Assim como nos lançamentos anteriores da série Deluxe Edition, esta versão do último álbum do ABBA contém um DVD com arquivos e um CD com o álbum original (embora usado uma mixagem diferente de "Head Over Heels") e faixas bônus; uma das faixas bônus incluídas foi o medley de demos "From a Twinkling Star to a Passing Angel", as primeiras gravações inéditas do ABBA desde 1994.[6]
Capa
Rune Söderqvist designou a capa e fotografou o grupo em uma sala contendo a pintura de Eros, de Julius Kronberg.[7] O quarto é o Atelje Studio em Skansen Park, Estocolmo. O grupo está posicionado separadamente e os integrantes parecem estar esperando solenemente nas sombras.[7][8]
As resenhas dos críticos de música foram, em maioria, favoráveis. Bruce Eder, do site AllMusic, avaliou com quatro estrelas de cinco e escreveu que "The Visitors é um álbum muito bem feito e muito sofisticado, cheio de músicas sérias, mas nunca pessimistas, todas lindamente cantadas e mostrando aspectos ousados de composição.[9]
O site Pitchfork deu uma nota 8,6,[13] e a resenha pontuou que "até mesmo quando a estrela do sucesso comercial da banda estava desaparecendo e os relacionamentos tornaram-se unicamente profissionais, eles eram perfeccionistas. A música do ABBA em The Visitors são mais puras e ambiciosas do que jamais foram, seus temas mais sombrios [e] suas políticas pessoais mais entrelaçadas".[13]
Michael R. Smith, do site The Daily Vault,[11] deu uma nota B+, e afirmou: "The Visitors mostrara quanta metamorfose [o som do grupo] passou nos oito anos desde seu single de estreia, “Ring Ring”.[11] Elegeu “Two For The Price Of One, como um dos melhores momentos e escreveu que as canções “Soldiers” e “I Let The Music Speak” "são tão pesadas em seu tom clássico que pesam todo o projeto",[11] e que "aqueles que estão procurando por material substancial do ABBA provavelmente apreciariam essas faixas muito mais do que um fã de passagem".[11]
Em uma resenha para a versão deluxe, Kieron Tyler, do site The Arts Desk escreveu que: "The Visitors não é o melhor, mas é o mais interessante [álbum], apontando a direção as quais Björn Ulvaeus e Benny Andersson iriam a seguir".[16]
↑ abPalm, Carl Magnus (2017). ABBA: The Complete Recording Sessions 2nd Revised and Expanded ed. United Kingdom: CPI Group. 400 páginas. ISBN978-91-639-2656-3
↑ abcdefMagnus Palm, C. (1994). ABBA: The Complete Recording Sessions. [S.l.: s.n.] pp. página 106
↑ abMagnus Palm, C. (2001). Bright Lights, Dark Shadows. [S.l.: s.n.] pp. página 444
↑Magnus Palm, C. (2001). Bright Lights, Dark Shadows. [S.l.: s.n.] pp. página 446