Teodoro II de Constantinopla, dito Irênico (em grego: Θεόδωρος Β' Εἰρηνικός; em latim: Eirenicus), também conhecido como Teodoro Copas (em grego: Κωπάς),[1] foi o patriarca grego ortodoxo de Constantinopla (no exílio) entre 1214 e 1216. Teodoro era um funcionário de alto escalão no Império Bizantino e o principal ministro durante a maior parte do reinado de Aleixo III Ângelo (r. 1195-1203). Após a conquista de Constantinopla pela Quarta Cruzada, ele fugiu para o Império de Niceia e se tornou um monge antes de ser alçado ao patriarcado.
Carreira
Um homem inteligente e bem educado, Teodoro ascendeu ao poder após a desgraça e o exílio do funcionário preferido de Aleixo até então, Constantino Mesopotamita, no outono de 1197. Irênico o sucedeu como seu confidente e assumiu a importante função de cartulário do canícula ("secretário do tinteiro imperial") e como seu primeiro ministro. Ele também detinha a função sênior de pansebasto sebasto.[1][2] De acordo com o relato do historiador contemporâneo Nicetas Coniates, Irênico temia ter o mesmo destino que Mesopotamita e, por isso, exercia o poder de forma bastante cautelosa. Ele tentava não se indispor com a aristocracia hereditária que dominava a corte imperial e que minou a posição de Mesopotamita. Para conseguir este objetivo, ele terminou não levando adiante as reformas que o Império tanto precisava.[3]
Exílio e carreira eclesiástica
Em abril de 1204, Constantinopla foi tomada pelos soldados da Quarta Cruzada e, como muitos outros líderes bizantinos, Teodoro fugiu da cidade e buscou refúgio na Ásia Menor. Lá, ele foi tonsurado e se tornou um monge.[1] Em 1209, o recém-proclamado imperador de Niceia Teodoro I Láscaris o nomeou para a função de cartofílax do patriarcado de Constantinopla, re-fundando-o no exílio em Niceia. Láscaris também o agraciou com o título de hípato dos filósofos,[1] o prestigioso título reservado ao reitor da cadeira de filosofia na Universidade de Constantinopla.[4]
Em 28 de setembro de 1214, Irênico foi eleito patriarca de Constantinopla pelo sínodo patriarcal. Seu governo foi marcado pela confrontação direta com a Igreja Católica, especialmente sobre a legitimidade dos patriarcas latinos de Constantinopla e do controle católico sobre a população grega ortodoxa pelas mãos dos príncipes latinos.[5]
Teodoro Irênico morreu em 31 de janeiro de 1216.[5]
Ver também
Teodoro II de Constantinopla (No exílio em Niceia) (1214 - 1216)
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Referências
Bibliografia
- Brand, Charles M. (1968). Byzantium Confronts the West, 1180–1204. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press
- Kazhdan, Alexander, ed. (1991), Oxford Dictionary of Byzantium, ISBN 978-0-19-504652-6, Oxford University Press
- Vougiouklaki, Penelope (2003). «Theodore II Irenikos». Encyclopedia of the Hellenic World, Eastern Mediterranean. Foundation of the Hellenic World. Consultado em 21 de junho de 2012