Templo de Minerva Médica é o nome pelo qual um ninfeu da Roma imperial é incorretamente chamado. Suas ruínas ficam entre a Via Labicana e a Muralha Aureliana, no interior do curso do aqueduto Ânio Velho.[1] Antigamente, o edifício fazia parte dos Jardins Licinianos, no Monte Esquilino, atualmente está na moderna Via Giolitti. Em algum momento de sua história, acreditou-se tratar do "Templo de Minerva Médica" ("Minerva Médica") mencionado por Cícero e outras fontes (vide Templo de Minerva Médica). A realidade é que se tratava de um ninfeu, um edifício dedicado às ninfas e geralmente ligado aos suprimento de água da cidade, do século IV. A estrutura decagonal, em opus latericium está relativamente bem preservada e sua cúpula só desabou em 1828. Está rodeado em três lados por estruturas posteriores. Na literatura antiga não existe menção a inscrições.
A estrutura representa uma transição na arquitetura secular romana entre a sala de jantar octogonal da Casa Dourada e a cúpula do Panteão e a arquitetura das igrejas bizantinas vizinhas. O diâmetro do salão é cerca de 24 metros, com 33 metros de altura — importante do ponto de vista estrutural, especialmente por causa das nervuras da cúpula. No interior estão nove nichos e mais a entrada; acima deles estão dez janelas de topo arredondado. Tanto as paredes do interior como do exterior eram revestidas de mármore no passado.[2]
Na obra Roma Instaurata (século XV), de Flavio Biondo, estas ruínas são chamadas de "Le Galluzze", um nome de significado incerto que já havia sido aplicado a algumas ruínas perto da basílica de Santa Croce in Gerusalemme.[3] O erro de identificação deste templo com o mais antigo, chamado também de Templo de Minerva Médica da era republicana, data do século XVII, baseada na impressão errônea de que a Atena Giustiniani teria sido encontrada no local.[4]