Embora esteja afastado dos principais centros de cultura grega, é um dos mais estudados edifícios da Grécia antiga, em vista de diversas características incomuns. o Templo de Bassae foi o primeiro monumento grego a ser incluído na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO.[1]
História
O templo foi construído em honra de Apolo Epicuro - Apolo Auxiliador - e talvez tenha sido projetado por Ictinos, autor também do Partenon e do Templo de Hefesto. Pausânias diz que a construção ocorreu entre 450 e 425 a.C. O único relato que se tem de que o templo de Bassa tenha sido projeto pelo mesmo arquiteto que projetou o Partenon é o relato de Pausânias.
Sua localização relativamente remota contribuiu para sua preservação, escapando da fúria religiosa e bélica que danificou diversos outros monumentos no país, além de mantê-lo livre da chuva ácida que desgasta as ruínas próximas das grandes cidades. Atualmente o templo fica protegido por uma grande tenda que o recobre inteiramente, e estão sendo feitas novas pesquisas na área pelo Comitê do Apolo Epicuro, com sede em Atenas.
Construção e decoração
O Templo de Apolo Epicuro está alinhado na direção norte-sul, em contraste com a maioria dos templos gregos, que se alinham do leste para oeste. Esta posição se deve ao exíguo espaço disponível nas escarpadas encostas das montanhas da região. Compensando esta dificuldade o templo possui uma abertura na parede leste, para permitir os fiéis contemplarem o nascente ou talvez para a luz penetrar no interior, iluminando a estátua do deus.
O templo tem proporções relativamente modestas, com a estilóbata medindo 38,3 x 14,5 m, com um peristilo de seis por quinze colunas. A construção é toda em calcário cinza, salvo o friso, que é de mármore. Como a maioria dos templos sua planta é dividida em um pronau, um nau e um opistódomo. A construção mostra efeitos arquitetônicos ilusionísticos semelhantes àqueles do Partenon, como um teto levemente curvo para à distância dar a impressão de ser retilíneo. Uma de suas características mais singulares é a presença de decoração nas três ordens clássicas: colunas dóricas no peristilo, jônicas no pórtico e coríntias no interior.
O exterior era relativamente pouco decorado, mas por dentro havia um friso contínuo com cenas da batalha entre os Gregos e as Amazonas, e dos Lápitas contra os Centauros. Suas métopes foram levadas para o Museu Britânico em 1815 por Cockerell, e lá estão em exibição próximas dos Mármores de Elgin.