O Teatro Dulcina de Moraes está localizado no Distrito Federal, Brasil. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, foi inaugurado em 21 de abril de 1980.[1] Atualmente, pertence à Fundação Brasileira de Teatro (FBT). Conta com 400 lugares, palco italiano, oito camarins, cabine de som e luz, onde também se opera uma faculdade.[2]
Vinculada a Faculdade de Artes Dulcina de Moraes foi a primeira instituição de ensino a licenciar bacharéis em artes cênicas, plásticas e visuais no país.[3]
O nome do teatro é uma homenagem à sua fundadora, a atriz Dulcina de Moraes.[4] Foi tombado pelo governo do Distrito Federal em 2007, conforme Decreto nº 28.518.[5]
Devido a uma série de problemas de gestão, o teatro vem sofrendo com sucateamento e desgastes em sua estrutura física. Em 2013, na comissão sobre cultura, chegou a ser discutido o fechamento do teatro por uma séries de irregularidades de ordem trabalhista, financeira e administrativa.[6] Na ocasião, a deputa Erika Kokay (PT) denunciou a situação de abandono que a instituição vivia: “Para se ter ideia das dimensões do problema, o Teatro Dulcina, projetado por Oscar Niemeyer, e a Sala Conchita de Moraes estão em estado degradante, o que os coloca de fora do circuito de pautas de Brasília. Além disso, o acervo pessoal da Companhia Dulcina-Odilon está ameaçado de deterioração.”[6] No ano de 2014, o teatro chegou a ficar sem energia elétrica e fez com que o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) intervisse na situação delegando o afastamento imediato dos dirigentes da Fundação Brasileira de Teatro.[7] Nesse contexto, foram realizados mutirões de limpeza organizado pelos próprios alunos, que tentavam manter o teatro em mínimas condições de uso.[7]
Em 2018, o teatro buscou por investimentos e também lutou por renegociação de dívidas para buscar suprir os problemas enfrentados pelo teatro.[8] No ano de 2019, um projeto de revitalização do teatro foi apresentado por Paulo Niemeyer, neto de Niemeyer em parceria com o Governo do Distrito Federal.[9]
Em 2020, noticiou-se que o local apresentava condições precárias, bem como que sua fundação mantenedora registrava dívida de R$ 10 milhões.[10] Dentre os problemas apresentam-se um problema de funcionamento de elevadores que já não funcionam desde 2018 e contas atrasadas com a Companhia Energética de Brasília (CEB), no valor de R$ 380 mil.[10]
A Fundação Brasileira de Teatro surgiu em 1955, no Rio de Janeiro. A Academia Brasileira de Teatro é inaugurada e mantida pela ABT. A Faculdade de Artes Dulcina de Moraes e a Associação Brasileira de Teatro é a evolução da ABT.
No final dos anos de 1960 Dulcina passa a ser incentivada, inclusive por Darcy Ribeiro, a transferir a FBT para Brasília. A atriz levanta fundos para transferir com a venda de seu teatro e sua casa no Rio. Assim é iniciada a demorada construção do prédio da FBT em Brasília e as instituições por a mantidas (Faculdade de Artes Dulcina de Moraes e o Teatro Dulcina).
Em 1972 Dulcina mudou-se para Brasília com sua fundação, dez anos depois (1982) inaugura a Faculdade de Teatro e em 1980 o Teatro Dulcina de Moraes. E também o Teatro Conchita de Moraes. [11]
A peça teatral Gota D'água, de Chico Buarque, inaugurou o Teatro Dulcina, em 1978, que contou com Bibi Ferreira como diretora e também no palco. [12]
A trigésima primeira edição da Mostra Dulcina (2020), que acontece desde 2005, ao fim de cada semestre letivo da Faculdade Dulcina de Moraes, foi realizado virtualmente devido à pandemia de COVID-19.
O evento acontece desde 2005 no Teatro Dulcina e no Teatro do Brasília Shopping. Durante 15 dias foram apresentados teatro, oficinas e artes visuais.