Syagrus botryophora, também conhecido como pati ou patioba, é uma espécie de planta do gênero Syagrus e da família Arecaceae. [1]
Espécie facilmente reconhecida entre as demais do gênero, sendo a única de estipe solitário/elevado que apresenta folhas com pinas regularmente distribuídas e inseridas em um único plano sobre a raque fortemente recurvada. A bráctea peduncular da inflorescência é muito espessa, entre 8-15 milímetros (comparada apenas com Syagrus pseudococos). [1]
Taxonomia
A espécie foi descrita em 1844 por Carl Friedrich Philipp von Martius. [2]
Os seguintes sinônimos já foram catalogados: [1]
- Arecastrum romanzoffianum botryophora (Mart.) Becc.
- Cocos botryophora Mart.
- Arecastrum romanzoffianum botryophorum (Mart.) Becc.
- Calappa botryophora (Mart.) Kuntze
É uma espécie terrícola e de palmeira. [1]
Descrição
Árvore de porte elevado, com 6-20 metros de altura e estipe solitário, 5-18 x 0,15-0,25 m, com superfície lisa, apenas levemente anelado. Ela tem folhas dispostas em espiral ao redor do estipe, 10-20 contemporâneas, fortemente recurvadas; bainha, 40-60 centímetros de comprimento, margens fibrosas; pecíolo, 35-50 centímetros de comprimento; raque, 180-300 centímetros de comprimento, fortemente recurvada; pinas rígidas, 100-150 pinas de cada lado, verdes, brilhantes, ápice assimétrico, distribuídas uniformemente ao longo da raque e dispostas em um único plano, eretas, formando um "v" com as pinas divergentes do lado oposto da raque, as da parte mediana da raque com 40-75 x 2,2-4,0 cm. Inflorescência andrógina, interfoliar; profilo 30-40 x 6 cm; bráctea peduncular profundamente sulcada, com espessura superior a 8 mm, glabra, 50-85 centímetros de comprimento total, parte expandida 40-70 x 10-38 cm; pedúnculo coberto por um indumento esparso, de cor acastanhada logo após a antese, 15-30 x 3 cm; raque 6-25 centímetros de comprimento, ramificada ao nível de primeira ordem; ráquilas 25-60, as da parte mediana da raque 10-47 centímetros de comprimento Flores, estaminadas 10-13 milímetros de comprimento, pistiladas 5-7 x 5-7 mm. Possui frutos ovoides, de 3,5 a 5 x 2,5 a 3 cm; epicarpo amarelo ou alaranjado, glabro. Endocarpo ovoide, ósseo, superfície exterior quase lisa, 3-4,5 x 2,1-2,5 cm. Tem o endosperma regular, homogêneo. [1]
Caule[1]
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superfície
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lisa
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tipo
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solitário/aéreo
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Folha[1]
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pinada
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verde
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bainha
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decídua/com disposição helicoidal no estipe/com margem fibrosa
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pecíolo
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com margem inerme
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raque foliar
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levemente arqueada
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pinas
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coriácea/inserida em 1 ângulo na raque/com disposição uniforme/ereta e rígida/com ápice acuminado assimétrico/verde escura/concolor
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Inflorescência[1]
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forma
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paniculada/pendente
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infrutescência exposta
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interfoliar
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espádice
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sulcada/glabra
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raque
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glabra
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ráquila
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disposição helicoidal na raque
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Fruto[1]
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formato
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ovoide
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epicarpo
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laranja/amarelado/glabro
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mesocarpo
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fibroso suculento
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endocarpo
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lenhoso/oval
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endosperma
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homogêneo
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Conservação
A espécie faz parte da Lista Vermelha das espécies ameaçadas do estado do Espírito Santo, no sudeste do Brasil. A lista foi publicada em 13 de junho de 2005 por intermédio do decreto estadual nº 1.499-R. [3]
Distribuição
A espécie é encontrada nos estados brasileiros de Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Sergipe.[1]
A espécie é encontrada no domínio fitogeográfico de Mata Atlântica, em regiões com vegetação de mata ciliar e floresta ombrófila pluvial.[1]
Notas
Contém texto em CC-BY-SA 4.0 de Soares, K.P. Syagrus in Flora e Funga do Brasil. [1]
Referências
Ligações externas