Primeiro filme em Technicolor da MGM desde The Mysterious Island (1929),[1]Sweethearts é sobre uma temperamental dupla da Broadway às voltas com a popular opereta homônima de Victor Herbert, apresentada 136 vezes entre setembro de 1913 e janeiro de 1914.[2] Não é, portanto, baseado naquela obra em si (ainda que a maioria das cançõe] permaneça), mas o resultado de um roteiro escrito por Dorothy Parker e seu marido Alan Campbell.[3] O objetivo: injetar um pouco de inteligência nos filmes de Jeanette MacDonald e Nelson Eddy, que sempre primaram por alta dose de sacarina.[1]
O objetivo foi plenamente alcançado, com grandes atuações (inclusive de Eddy), um roteiro divertido, canções esplendidamente interpretadas e uma maravilhosa dança de Ray Bolger logo no início. Tudo isso faz com que Sweethearts seja uma das mais gratificantes operetas da dupla MacDonald-Eddy.[4] A opinião é corroborada pelo crítico e historiadorKen Wlaschin, que incluiu o filme entre os dez melhores dos dois.[5] Hal Erickson e Leonard Maltin reclamam apenas de sua metragem, muito longa.[3][6]
Foram tantas as dificuldades para elaborar uma história que deixasse a dupla menos enjoativa, que um dia Dorothy Parker foi vista gritando da janela do edifício onde escrevia: "Deixem-me sair -- eu sou tão sã quanto vocês!"[1]
Depois de atuarem na encenação de Sweethearts, de Victor Herbert, Gwen Marlowe e Ernest Lane, por insistência do produtor Felix Lehman, se apresentam numa festa que comemora os seis anos em que a opereta está em cartaz. Extenuados, são obrigados pelos presentes a cantar ao longo da noite. Desejosos de um pouco de sossego, fogem para o apartamento, onde são cercados por amigos, colegas, penetras e parentes parasitas. Aí, em nome da paz e da quietude, Gwen e Ernest decidem trocar Sweethearts pela calmaria de Hollywood... Mas a equipe da opereta, temerosa de não ter mais como garantir o almoço de todo dia, arma um plano para separar o casal.[3]