A Sociedade Arqueológica Lusitana, fundada em 1849, foi uma agremiação científica e cultural criada, sob a protecção do rei D. Fernando II, para promover uma escavação nas ruínas romanas de Tróia para a aquisição de conhecimentos sobre as antiguidades de Portugal, com proveito para a história dele.
A criação da sociedade foi promovida pelo padre Manuel de Gama Xaro, natural de Beja [1] e por João Carlos de Almeida Carvalho[2][3].
O primeiro Duque de Palmela, que visitou as ruínas de Troia a convite desses estudiosos, em 1849, foi convidado para ser protector da Sociedade, qualidade que declinou para D. Fernando II, que concedeu à Sociedade Arqueológica Lusitana a sua protecção.
A Associação denominada Sociedade Archeologica Luzitana, com sede na vila de Setúbal e tendo por fim «promover e efectuar uma escavação nas ruínas da antiga Cetóbriga [Troia] para a adquisição de conhecimentos sobre as antiguidades deste Paiz, com proveito para a história delle», foi aprovada junto com os seus Estatutos, por proposta de Manuel da Gama Xaro, seu Vice-Presidente, por Decreto real de 13 de março de 1850 (Cf. TT, Ministério do Reino, Livro 1272, f. 182). Os primeiros estatutos estabeleciam os seguintes objectivos:
A primeira direcção foi constituída pelo duque de Palmela, como presidente vitalício, e pelos padre Manuel da Gama Xaro, Dr. Domingos Garcia Perez, Dr. Aníbal Álvares da Silva, Jorge Torlades O'Neill, Sebastião Pedroso Gamito e [[João Carlos de Almeida Carvalho], como secretário[6][7].