A sobrecarga circulatória associada à transfusão (TACO, em inglês: Transfusion associated circulatory overload) é uma reação transfusional que pode ocorrer devido a uma transfusão rápida ou de um grande volume de sangue, mas também pode ocorrer durante uma única transfusão de glóbulos vermelhos, geralmente ocorre após seis horas da conclusão da transfusão.[1][2][3][4] A TACO é uma das principais causas de mortes associadas a transfusões de sangue em países como: Reino Unido, Países Baixos e os Estados Unidos.[4]
Os principais sintomas do TACO são: dispneia, ortopneia, taquicardia e rápido aumento da pressão arterial. Geralmente o tratamento é a parada imediata da transfusão, e a colocação da pessoa em vertical, administração de oxigênio, diuréticos e outras terapias.[4]
A TACO se manifesta com sinais de desconforto respiratório (falta de ar, baixos níveis de oxigênio no sangue), excesso de líquido no sistema circulatório (inchaço das pernas, tensão arterial elevada, e um ritmo cardíaco elevado).[5]
No exame físico, os pacientes podem apresentar crepitações ao ouvir os pulmões, um sopro (sopro S-3) ao ouvir o coração, inchaço das pernas e veias distendidas no pescoço (distensão venosa jugular).[5]
A divisão da National Healthcare Safety Network dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos divulgou uma tabela de critérios atualizada em 2021:[6]
Os pacientes diagnosticados com TACO devem ter pelo menos uma das duas características seguintes dentro de 12 horas após o término da transfusão:
Com:
A TACO pode ser categorizada por gravidade:
Fatores de risco incluem condições que predispõem os indivíduos ao excesso de líquido no sistema circulatório (insuficiência hepática causando baixos níveis de proteína no sangue (hipoalbuminemia),[7] insuficiência cardíaca,[8][9] insuficiência renal,[8][9] ou síndrome nefrótica[9]), condições que colocam maior estresse no sistema respiratório (doenças pulmonares), e condições que requerem transfusões de grande volume (anemia grave).[8] A idade também tem sido considerada um fator de risco quando indivíduos com menos de 3 anos e com mais de 60 anos estão em risco aumentado.[7]