Simone Segouin (Thivars, 3 de outubro de 1925 - 21 de fevereiro de 2023[1]), também conhecida por seu pseudônimo Nicole Minet, foi uma ex-combatente da Resistência Francesa que serviu no grupo Francs-Tireurs et Partisans. Um de seus primeiros atos de resistência foi roubar uma bicicleta de uma mensageira militar alemã, que ela usou para ajudar a levar mensagens.[2] Passou a participar de missões de grande escala ou perigosas, como capturar tropas alemãs, descarrilar trens e atos de sabotagem.[3]
Início de vida
Segouin nasceu em Thivars, perto de Chartres, na França, e cresceu ao lado de três irmãos. Seu pai tinha sido um soldado condecorado durante a Primeira Guerra Mundial.[4] Frequentou a escola até os 14 anos, quando começou a trabalhar na fazenda da sua família.[5]
A Resistência
Em uma entrevista com Jack Belden, publicada na revista Life em 1944 sob o título 'A Partidária de Chartres', Segouin e 'Tenente Roland' explicaram que o envolvimento de Segouin com a Resistência surgiu depois que os dois se conheceram quando ela tinha 17 anos. O tenente a instruiu no uso de uma submetralhadora e apresentou Segouin a outros membros de seu grupo.[5] Para se juntar aos Francs-Tireurs et Partisans, Segouin obteve documentos de identidades falsas, que a deram o pseudônimo de Nicole Minet.[6] Esses documentos a identificaram como sendo do porto de Dunquerque, que havia sido bombardeado no início da guerra, tornando difícil para os alemães verificarem sua autenticidade.[7]
Segouin começou agindo como mensageira e realizando outros pequenos trabalhos, e mais tarde tornou-se mais ativamente envolvida depois de participar de uma bem-sucedida 'expedição de explosão de trem'.[5] O tenente Roland era Roland Boursier, com quem Segouin teve seis filhos.[4] O casal nunca se casou e todos os filhos tinham o nome de Segouin.[6]
Segouin esteve presente na libertação de Chartres em 23 de agosto de 1944 e na libertação de Paris dois dias depois.[5] Foi promovida a tenente e premiada com a Croix de Guerre.[6] Sobre seu papel na Resistência, disse:
Eu estava lutando pela resistência, só isso. Se eu tivesse que começar de novo, eu o faria, porque não me arrependo. Os alemães eram nossos inimigos, nós éramos franceses.[4]
Segouin ganhou notoriedade internacional quando suas fotos do fotógrafo americano Robert Capa foram publicadas na revista Life semanas após a captura de 25 soldados alemães em que ela participou.[4] Belden concluiu seu artigo sobre ela observando:
Não consegui encontrar vestígios do que é convencionalmente chamado de dureza em Nicole. Depois da vida rotineira na fazenda, ela acha seu trabalho atual excitante e emocionante. Agora que a guerra está passando para além de seu distrito natal, ela não pensa em voltar para a fazenda. Ela quer continuar com os guerrilheiros e ajudar a libertar o resto da França.[5]
Pós-guerra
Após a guerra, Segouin tornou-se enfermeira pediátrica em Chartres.[6] Uma rua em Courville-sur-Eure, onde ela viveu, foi batizada em sua homenagem.[8] Em resposta à homenagem, Segouin disse:
Fico muito feliz em saber que as pessoas não são indiferentes a esse período da minha vida.[7]
Em 2020, o Village Hall em Thivars recebeu o nome de Segouin.[9]