Sérgio Claudio de Castro (Rio de Janeiro, 8 de agosto de 1932 – novembro 2012) foi um destacado corretor de imóveis e empresário brasileiro atuante do ramo imobiliário, na administração e corretagem de imóveis.[1]
Carreira Profissional
Filho do casal Álvaro de Castro e Lygia Richard de Castro, ele professor catedrático da Faculdade Nacional de Medicina e ela filha de Antônio Eugênio Richard, dono da Companhia Brasileira de Imóveis e Construções e fundador do Banco Hypothecario do Brazil.
Sérgio Castro iniciou carreira na corretagem de imóveis ainda muito jovem. Seus primeiros contatos imobiliários ocorreram com a venda dos loteamentos “Jardim Natal” e o “Cidade Marajoara”, no então município de Nova Iguaçu quando ele tinha menos de 18 anos. Formou-se em Direito, pela Faculdade Cândido Mendes, mas não se dedicaria a advocacia.
Sergio Castro passou a se destacar no ramo imobiliário do Rio de Janeiro quando foi contratado pela Companhia Recreio dos Bandeirantes, e pelo Banco do Distrito Federal, em 1959, quando participou ativamente do desmembramento, loteamento e venda, sob a sua direção, de uma gleba inteira do bairro carioca do Recreio dos Bandeirantes.[2]
Castro foi por quase 20 anos vice-presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis, sendo fundador daquele Conselho, juntamente com outros 25 notáveis da profissão e o já falecido senador Benjamin Farah (MDB-RJ). Foi também o primeiro colunista imobiliário do Jornal carioca O Globo, escrevendo durante 8 anos a coluna Nos Bastidores da Locação, onde respondia cartas de leitores acerca do mercado imobiliário, solucionando dúvidas jurídicas, fórmula até hoje seguida por todos os jornais em seus respectivos cadernos imobiliários.
O empresário foi um dos dirigentes do Iate Clube do Rio de Janeiro, tendo sido seu vice-presidente durante alguns anos. É citado no livro "Who´s Who in Brazil" como influente personalidade carioca, e tido como grande entusiasta da revitalização do Centro da cidade do Rio de Janeiro, assim como de Santa Teresa e Gamboa. Sua empresa foi a primeira no Brasil a especializar-se na negociação de imóveis comerciais.
Nacionalmente Sérgio Castro tornou-se mais notório popularmente devido ao sequestro de seu filho Serginho, em março de 1972, que ocorreu poucos meses antes de outro antológico sequestro, o do menino "Carlinhos", recebendo cobertura de grande parte da imprensa brasileira.[3]
Com dois filhos, Sergio Castro era neto do empreendedor Antônio Eugênio Richard Júnior, que foi um dos proprietários da Companhia Brasileira de Immoveis e Construções (COBIC), responsável pela urbanização do bairro do Grajaú, na década de 1920, e do Recreio dos Bandeirantes, no final da década de 1950[1] Castro também era sobrinho do senador potiguar José Georgino Avelino.
Uma curiosidade: Antônio Carlos Jobim compôs a música "Bebel" no verso de um formulário de sua empresa.
Sérgio Castro faleceu em 14 de novembro de 2012, no Rio de Janeiro.
Homenagens e reconhecimento
Em 2009, Sérgio Castro recebeu Moção de Aplausos e Congratulações da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ).[4]
Em 2019, a historiadora Nubia Nelhem Santos realizou um documentário "Uma família no mercado imobiliário desde 1911", mostrando a história da empresa e de seu fundador dando destaque para trajetória da família Sergio Castro no ramo imobiliário na cidade do Rio de Janeiro.[1]
Ligações externas
Fontes
OLIVEIRA, Leão Gondim de - "Os Sequestradores de Serginho" - Revista O Cruzeiro, 1972 - Número 19
DESCONHECIDO - "Sequestro: o culpado estava ao lado (sequestro de Serginho)" - Revista Manchete, 1972 - Número 1947
WHO'S WHO IN BRAZIL - Volume II, Editora SLP, 5ª Edição, 1973
JUNQUEIRA, Flávia - " Sessenta anos de muitas histórias " - Jornal Extra, 24 de agosto de 2008
? - "Sergio Castro: Uma referência no mercado imobiliário carioca" - Jornal O Globo, pág. 20, Obituário, 2ª Edição, 15-11-2012
Referências