O sangramento após o coito refere-se ao sangramento vaginal que ocorre após o ato sexual, não estando relacionado à menstruação.[1] Embora seja, geralmente, indolor, é acompanhado de dor em cerca de 15% dos casos.[2] Além disso, as mulheres afetadas têm frequentemente sintomas de hemorragia uterina disfuncional, incluindo sangramento fora do período menstrual (metrorragia).[2][1]
Entre as causas comuns, antes da menopausa, encontram-se casos de ectrópio cervical (33%); pólipos cervicais ou uterinos (5-18%); infecções, incluindo infecções sexualmente transmissíveis (IST); lesões e gravidez.[2][1] Após a menopausa, a causa mais comum é a vaginite atrófica, podendo também ser um sinal precoce de cancro do colo do útero ou do endométrio (7-17%).[2] Outras causas são a endometriose e o dispositivo intrauterino (DIU) mal posicionado.[1][2] O diagnóstico pode envolver exames ginecológicos, teste de gravidez, recolha de exsudado e, por vezes, biópsia.[3][2] Outros exames a realizar podem ser a ultrassonografia, o Papanicolau e a colposcopia.[1]
O tratamento depende da causa.[2] Deste modo, o ectrópio cervical pode ser tratado com a administração de nitrato de prata, enquanto os pólipos cervicais podem ser removidos.[1] O tratamento de sintomas sem uma causa exata ocorre dentro de seis meses, em mais de metade dos casos.[1] Caso a condição persista além disso, é aconselhável a consulta de um ginecologista.[1] O sangramento após o ato sexual é relativamente comum, tendo afetado cerca de 5 a 10% das mulheres.[1][2] Devido à correlação à violência sexual, tal deverá ser questionado.[1]
Referências