Em 2015, o cancro do útero afetava cerca de 3,8 milhões de pessoas, tendo sido a causa de 90 000 mortes.[5][6] Embora o cancro do endométrio seja relativamente comum, o sarcoma uterino é raro.[3] Nos Estados Unidos, os cancros do útero correspondem a 3,6% de todos os novos casos de cancro em cada ano.[4] Os cancros do útero são mais comuns em mulheres entre os 55 e 74 anos de idade.[4]
Adenocarcinoma: Atinge o revestimento do útero. Representa mais de 80% dos cânceres uterinos, quase sempre na forma de câncer de endométrio.
Carcinossarcoma: Atinge tanto o revestimento quando os tecidos de suporte. Altamente agressivo. O tumor mulleriano maligno misto (TMMM) representa cerca de 4% dos casos. Tem o pior prognóstico, com sobrevivência após 5 anos de diagnóstico de apenas 5 a 40%.[7]
Sarcoma: Atinge os tecidos de suporte do útero, glândulas ou o músculo. Representa 4% dos cânceres uterinos. Quando atinge a musculatura do útero (miométrio) é chamado de leiomiossarcoma.
Causas
Geralmente ocorrem em mulheres que tiveram excesso de estrogênio no seu sistema reprodutor, especialmente se o nível de progesterona for mais baixo que o normal. Esse desequilíbrio hormonal favorece o endurecimento do útero e crescimento dos tumores.[8]
Fatores de risco
Os factores que podem elevar o nível de estrogênio incluemː[9]
Obesidade e dieta rica em gordura animal (40% dos casos);
Idade maior que 50 anos;
Não ter filhos;
Genética, inclusive de outros cânceres;
Brancas tem mais risco que negras;
Menarca antes dos 12 anos;
Administração prolongada de hormonas estrogênicas, não compensada por administração de progestogênicos;
Tamoxifeno, um medicamento para prevenir ou tratar o câncer de mama;
Diferentemente do cancro cervical, que é raro em mulheres que não tenham tido relações sexuais, o cancro do endométrio pode afectar mulheres virgens e é mais comum nas que tenham tido poucos ou nenhum filho. A utilização de contraceptivosorais diminui para metade o risco de cancro do endométrio.
No caso de detecção e tratamento precoces, a taxa de sobrevivência de cinco anos é superior a 80%. Deve-se seguir fazendo acompanhamentos regulares pois possuem chance de recorrência.[11]
↑MD, Melissa McConechy; David Huntsman, MD; Cheng-Han Lee, MD, PhD and Blaise Clarke. «Uterine Carcinosarcoma (MMMT) Research Report». Liddy Shriver Sarcoma Initiative. Consultado em 3 de maio de 2021