O Grupo SPIC (State Power Investment Corporation Limited) é uma das cinco maiores companhias de energia da China e a maior geradora de energia solar do mundo, presente em 47 países, totalizando mais de 213 GW de capacidade instalada, sendo mais de 62,5% de fontes renováveis.
Em 2022, adquiriu 70% de participação em dois projetos de energia solargreenfield localizados no nordeste brasileiro, em parceria com a Canadian Solar, adicionando cerca de 3% à capacidade de energia instalada no Brasil: o Complexo Solar Panati-Sitiá,[2][13] situado na cidade de Jaguaretama, no Ceará, e o Complexo Solar Marangatu, localizado na cidade de Brasileira, no Piauí.[2][14][15]
Parque gerador
A SPIC Brasil tem capacidade instalada de 3.106 MW, o que representa 0,94% do parque gerador brasileiro.[2]
Energia hidrelétrica
A SPIC Brasil opera diretamente a Usina Hidrelétrica (UHE) São Simão, localizada entre os municípios de Santa Vitória, Minas Gerais, e São Simão, em Goiás.[16] Além da SPIC Brasil, que detém 51% de participação no empreendimento, a usina possui como acionistas as empresas Zhejiang Energy,[17] China-LAC Coop. Fund e CPD.[18]
Inaugurada em 1978, a UHE São Simão tem seis turbinas de 258 MW cada e capacidade energética instalada de 1.710 MW, gerando energia elétrica o suficiente para abastecer cerca de seis milhões de residências por ano.[2]
Seu lago armazena 2,54% do volume represável pelos reservatórios do Sistema Sudeste/Centro-Oeste, representando 6,7% do armazenamento de água do subsistema do Rio Paranaíba.
Energia eólica
A SPIC Brasil atua no setor eólico com dois parques localizados na cidade de Mataraca, no estado da Paraíba: o Complexo Eólico Vale dos Ventos, com 60 turbinas e 48 MW de potência instalada, e o Parque Eólico Millennium, com 13 turbinas 10,2 MW, totalizando 58,2 MW de capacidade instalada. Juntos, os dois parques eólicos abastecem anualmente mais de 100 mil residências.[4][5][2]
Em operação desde 2007, o Complexo Eólico Millennium foi o primeiro ativo em geração renovável da SPIC no Brasil.[2] Já o Complexo Eólico Vale dos Ventos gera energia desde 2009 e é o maior ativo eólico da SPIC Brasil em operação no país.[2]
Energia solar
Em parceria com a Canadian Solar, a SPIC Brasil também possui controle de dois complexos solares localizados no nordeste brasileiro.[2][13][14]
O Complexo Solar Panati-Sitiá, situado na cidade de Jaguaretama, no Ceará, a cerca de 240 km de Fortaleza, possui capacidade instalada de 292 MWp, com capacidade para abastecer cerca de 350 mil residências por ano.[2][13][14]
O Complexo Solar Marangatu, localizado no município de Brasileira, no Piauí, a 180 km de Teresina, tem 446 MWp de capacidade instalada, o suficiente para fornecer energia para cerca de 550 mil lares por ano.[2][13][14]
Energia termelétrica
A SPIC Brasil detém 33% de controle das Usinas Termelétricas (UTE) GNA I e II, no Porto do Açu/RJ.[11][2]
A primeira usina, GNA I, conta com 1.338 MW de potência e iniciou sua operação comercial em setembro de 2021.[2] A GNA II, maior usina a gás natural do país, conta com 1.673 MW de potência instalada.[19]
GNA I e II, além de GNA III e IV, integram o maior parque termelétrico da América Latina e adicionam cerca de 3 GW à capacidade instalada da SPIC Brasil no país, fornecendo energia para 14 milhões de famílias.[2]