Segundo a publicação Chorographia do Brasil, a palavra "espinharas" é uma corruptela de "[rio das] piranhas", termo usado para se referir à piranha-vermelha, que outrora foi abundante nos rios da bacia do Piranhas-Açu.[3]
Povoamento da região
A presença de colonizadores na região teve início nos idos de 1670, quando uma sesmaria com grande extensão territorial, situada às margens do rio Espinharas — passando por parte do sertão da Paraíba e entrando em terras do Rio Grande do Norte —, foi dada ao capitão-mor Francisco de Oliveira Lêdo.[4][5] Na época da ocupação, toda região era habitada sobretudo por tribos pegas, panatis e coremas.[6]
As muitas cheias do rio levaram várias pontes, uma das mais célebres foi a construída em 1922 pelo engenheiro Brandão Cavalcanti, em Patos.[7] Entre as tais cheias, a de fevereiro de 1934 causou grandes estragos em Serra Negra do Norte, como narra o livro Serra Negra, anos 30:
(...) No dia seguinte, pela manhã, a enchente espalhava-se pelo centro da praça e o nível das águas havia alcançado o piso do coreto. Toda a rua de baixo, com o grupo escolar, a casa paroquial, a igreja, a intendência, a cadeia pública (...).[8]
Em abril de 2009 o rio transbordou mais uma vez, causando porém poucos estragos.
É tipicamente um curso d'água de regime intermitente, encravado no domínio do biomacaatinga e do clima semiárido, caracterizado pela elevada variabilidade temporal e espacial de suas precipitações, com longos períodos de estiagem.[1] Em virtude de seu grande desnível suas águas são barrentas e velozes,[8] e os solos na área da sub-bacia são pouco profundos, pedregosos, de origem cristalina e bastante susceptíveis à erosão.[1]
Seus dois principais formadores são os riachos do Cruz e o Farinha.[2][10]