Atualmente o Brasil presta cooperação técnica à Coreia do Norte.[2]
Histórico
O Brasil não manteve relações diplomáticas com a Coreia do Norte desde a fundação do país em 1945, até o ano de 2001. Em 2001, durante a administração do presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso, e Kim Jong-il sendo o líder supremo da Coreia do Norte, as relações diplomáticas foram discretamente estabelecidas entre a Coreia do Norte e o Brasil.
Antes do estabelecimento das relações diplomáticas, o Brasil aderiu à sua política de não manter relações bilaterais com Estados de viés stalinista.
Depois que relações foram estabelecidas em 2001, vários anos se passaram antes da abertura de fato das Embaixadas. A Embaixada da Coreia do Norte em Brasília foi inaugurada em 2005, e a Embaixada do Brasil em Pyongyang foi aberta apenas quando o primeiro embaixador brasileiro na Coreia do Norte foi nomeado em 2009.[1][3]
A chegada do embaixador Arnaldo Carrilho, o primeiro embaixador brasileiro na Coreia do Norte, foi adiada de maio a julho de 2009 devido a um teste de um míssil norte-coreano que pegou a comunidade internacional de surpresa. O governo brasileiro fez um protesto formal contra o teste do míssil, e o embaixador Arnaldo Carrilho foi retido na China para consultas com o governo brasileiro. Em julho de 2009, o embaixador entrou na Coreia do Norte e assumiu o seu posto em Pyongyang, tornando o Brasil um dos únicos 25 países do mundo que atualmente mantêm embaixadas na Coreia do Norte. Os outros países que mantêm relações diplomáticas com o regime de Pyongyang são representados por suas embaixadas em Pequim e em Seul.
As relações econômicas entre os dois países são limitadas, apesar de terem apresentado crescimento durante a segunda metade da década de 2000. Em 2008, o comércio bilateral entre o Brasil e a Coreia do Norte atingiu a marca de 381 milhões de dólares.[3]
Entre 1997 e 2017, o Brasil foi um importador de produtos norte-coreanos de alta tecnologia somados em 400 milhões de dólares estadunidenses, por outro lado foi exportador de produtos primários (cereais, óleos vegetais e algodão), conforme dados divulgados pelo Observatório de Complexidade Econômica, ligado ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts dos Estados Unidos.[6]