Em 1291, Carlos de Valois, conde e depois duque de Alençon, recebe de seu irmão, o rei Filipe IV de França o senhorio de Chateauneuf e uma parte do senhorio de Brezolles[1].
Em 1525, com a extinção dos Valois-Alençon, pela morte de Carlos IV de Alençon[2], os seus bens são reintegrados na coroa por falta de descendência masculina[3].
Constituição do Principado
Luis Gonzaga, terceiro varão do duque Frederico II de Mântua, tinha poucas probabilidades de herdar os estados de seu pai, pelo que é enviado para França onde tomaria posse do património que a família herdara da sua avó, Ana de Alençon, marquesa consorte de Monferrato, nomeadamente o senhorio de La Guerche. Luís, na altura com 10 anos, fica afecto ao serviço do delfim, de quem se tornou um fiel companheiro.
Em 1560, obtêm a naturalidade francesa, e ao casar-se com Henriqueta de Nevers[4], em 1565, o rei Carlos IX outorga-lhe o Principado de Mântua, em francêsPrincipauté de Mantoue, que surge da união dos senhorios de Senonches e de Brezolles. A denominação do novo feudo permite que Luís, junte o nome da sua Casa (os duques de Mântua), ao seu próprio patronímico o que, na sua qualidade de filho mais novo, isso não lhe era permitido.[4].
O principado passa para os seus descendentes mas, em 1654, irá ser vendido por Carlos II de Mântua, bisneto de Luís Gonzaga, à Casa de Broglie que, desde então, passou a usar o título de Marquês de Senonches.
As terras de Senonches e Brezolles são confiscados à viúva de François de Broglie em 1667 e após leilão, entregues ao duque de Enghien, Henri-Jules de Bourbon, filho do Grand Condé. Os seus descendentes detêm estas possessões até 1789.