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PRIDE Fighting Championships, Pride FC ou simplesmente Pride foi um evento internacional de artes marciais mistas (MMA), organizado pela empresa DSE (Dream Stage Entertainment), tendo Nobuyuki Sakakibara como presidente e Nobuhiko Takada como diretor técnico.
Os seus eventos eram realizados no Japão, sendo considerado o maior e mais popular evento de MMA do mundo durante os seus 10 anos de existência. O Pride realizou o evento de MMA com maior público ao vivo em 2002, em uma coprodução com a K-1 chamada Pride/Shockwave Dynamite, com público recorde de 91.107 espectadores.[1] Seus eventos eram transmitidos para milhões pelo pay-per-view e TV Aberta no Japão e em mais de 40 países. Em 2006, o Pride saiu pela primeira vez do Japão, realizando um evento nos Estados Unidos.[2]
O Pride foi criado em 1997 como forma de marcar uma luta entre Nobuhiko Takada, lenda da Luta Livre Profissional japonesa (Puroresu) e Rickson Gracie, lutador de Jiu-jitsu brasileiro da família Gracie e campeão de vale-tudo no Brasil. O primeiro evento (depois conhecido como Pride 1) teve um público de 40.000 espectadores e atraiu a atenção da mídia japonesa. Com o sucesso do primeiro evento, e o UFC na época em crise, o PRIDE se tornou a principal organização do nascente desporto do MMA.[2] Com suas origens na luta livre profissional japonesa, o PRIDE era conhecido pelo seu foco no espetáculo e no entretenimento. Seus eventos eram realizados com grandes cerimônias de abertura e entradas elaboradas dos lutadores. Não havia classes de peso formais - exceto para lutas pelo cinturão do campeonato e os torneios "Grand Prix" - e os lutadores frequentemente enfrentavam oponentes de pesos totalmente diferentes.[2] As regras do PRIDE também eram mais permissivas do que as Regras Unificadas das Artes Marciais Mistas (usadas pelo UFC), permitindo chutes, pisões e joelhadas em oponentes caídos, arremessar oponentes no chão diretamente na cabeça e permitia mais roupas de luta, incluindo sapatilhas de wrestling e keikogis. As lutas eram disputadas em um ringue de cordas semelhante ao boxe e duravam um round inicial de dez minutos, seguida por dois rounds de cinco minutos.[3]
Em 2006, a revelação das ligações entre a Yakuza e os executivos da DSE levaram ao fim dos lucrativos contratos com a TV Fuji e a uma crise financeira na DSE.[2] O Pride foi comprado pela Zuffa, empresa-mãe do Ultimate Fighting Championship (UFC) dos Estados Unidos, o objetivo inicial era continuar o evento separadamente e fazer disputas entre as duas promoções, mas isso não se materializou e foi decretado o fim do evento em outubro de 2007.[4]
Em 13 de novembro de 2008, seus antigos organizadores criaram o DREAM, em parceira com o K-1, evento que é considerado o "renascimento" do PRIDE.[5] Em 2015 o co-fundador do Pride, Nobuyuki Sakakibara criou o RIZIN Fighting Federation após a falência do DREAM em 2012.
As regras
A organização do Pride da Dream Stage Entertainment (DSE) mudou algumas regras do evento para o Pride USA. As alterações foram necessárias para que a competição pudesse ser realizada em tatamesnorte-americanos. Exemplos: Chutes e joelhadas não poderiam ser desferidos se o lutador estivesse na posição de três ou quatro apoios. Também não seriam permitidos cotoveladas em hipótese alguma.
Os rounds do Pride — um deles de 10 minutos e dois de 5 minutos — também foram alterados. No Pride USA, eram três rounds, com cinco minutos cada. O Presidente da organização do DSE, Nobuyuki Sakakibara, declarou que algumas das mudanças visavam proteger a integridade física dos lutadores.
No início o Pride não era divido em categorias tendo como primeiro torneio na categoria Absoluto(Sem limite de Peso) Tendo como vencedor o americano Mark Coleman. Posteriormente o Pride foi dividido em 4 categorias (Pesado, Médio, Meio-Médio e Leve) cada uma com um campeão. Além dos cinturões de cada uma das categorias existia também os campeões dos GP's (Grand Prix), que eram torneios realizados anualmente.
Quando Zuffa, LLC comprou o Pride, ele mudou-o para unificar os títulos dos médios e meio-médios com os seus próprios títulos dos meio-pesados (205 libras) e dos médios (185lbs). Dan Henderson, que segurou os cinturões dos médios do Pride e os meio-médios no momento que a Zuffa LLC comprou, foi batido em duas defesas de unificação, a primeira defesa foi contra Quinton Jackson em setembro de 2007 e depois contra Anderson Silva em março de 2008.
Os titulares abaixo foram aqueles que detinham os títulos em 8 de abril de 2007, data do último evento promovido pelo Pride FC.
*No UFC 75, Quinton Jackson unificou os cinturões do PRIDE FC e do UFC dos pesos médios que no UFC é a categoria dos meio-pesados, ao derrotar Dan Henderson; Atualmente o cinturão unificado pertence Jamahal Hill.
**No UFC 82, Anderson Silva unificou os cinturões do PRIDE FC e do UFC pesos meio-médios que no UFC é a categoria dos médios, ao derrotar Dan Henderson; Atualmente o cinturão unificado pertence a Israel Adesanya.