A prevenção do suicídio é um conjunto de abordagens para reduzir o risco de suicídio.[1] Também é o termo usado para as tentativas coletivas de organizações institucionais, psicólogos e pessoas envolvidas com a saúde, para reduzir a incidência de suicídio.[2][3][4] O suicídio é muitas vezes evitável[5] e os esforços para preveni-lo podem ocorrer em nível individual, de relacionamento, comunidade e sociedade.[1] O suicídio é um grave problema de saúde pública que pode ter efeitos duradouros em indivíduos, famílias e comunidades. A prevenção do suicídio requer estratégias em todos os níveis da sociedade. Isso inclui estratégias de prevenção e proteção para indivíduos, famílias e comunidades. O suicídio pode ser prevenido aprendendo os sinais de alerta, promovendo a prevenção e a resiliência e comprometendo-se com a mudança social.[6]
Além das intervenções diretas usadas para impedir um suicídio iminente, os métodos também podem incluir:
Os esforços gerais incluem medidas no âmbito da medicina, saúde mental e saúde pública. Porque os fatores de proteção[7] como suporte social e engajamento social — assim como fatores de risco ambientais, como acesso a meios letais — desempenham um papel no suicídio, o suicídio não é apenas uma questão médica ou de saúde mental.[8]
Segundo a psicologia e a psiquiatria, caso seja identificado ideação suicida em alguém algumas das medidas que podem ser tomadas para evitar a conclusão do ato é:[9][10][11][12]
Família e amigos devem ficar alerta para pessoas com ideação suicida que começaram a usar antidepressivos. Medicação antidepressiva apesar de diminuir a ideação a longo prazo, nos primeiros meses aumenta bastante os riscos, ao melhorar a capacidade do indivíduo de tomar decisões e tomar atitudes, e por isso precisa de acompanhamento constante.[13]
Contenção física pode ser necessária durante uma tentativa. Conseguir conter o momento de crise e o impulso de se matar frequemente é eficaz para prevenir o suicídio temporariamente. A intervenção em crise geralmente é pontual durando de duas a seis sessões. Intervenções preventivas feitas em comunidades teve bom resultados como forma de preparar as pessoas a lidar com crises e fazer um acolhimento mais adequado.[14]
Conseguir conter o momento de crise e o impulso de se matar frequentemente é eficaz para prevenir o suicídio temporariamente. A intervenção em crise geralmente é pontual durando de duas a seis sessões. Estudos apontam que algumas intervenções preventivas feitas em comunidades obtiveram bons resultados como forma de preparar as pessoas a lidar com crises e fazer um acolhimento mais adequado.[15]
A redução dos meios — reduzir as chances de que uma tentativa de suicídio use meios altamente letais — é um componente importante da prevenção do suicídio.[16] Essa prática também é chamada de "restrição de meios". Foi demonstrado que restringir os meios letais pode ajudar a reduzir as taxas de suicídio, pois retarda a ação até que o desejo de morrer passe.[17] Em geral, há fortes evidências que apoiam a eficácia da restrição de recursos na prevenção de suicídios.[18][19][20][21] Há também fortes evidências de que o acesso restrito aos chamados hotspots de suicídio, como pontes e falésias, reduz os suicídios, enquanto outras intervenções, como colocar sinais ou aumentar a vigilância nesses locais, parecem ser menos eficazes.[22]
Telefones de emergência conectam uma pessoa em perigo a um voluntário ou membro de equipe treinada.[5] Isso pode ocorrer por via telefônica, conversa online ou pessoalmente.[5] Apesar de comuns, a eficiência dos canais de atendimento a crises ainda não é muito estudado.[23][24] Um estudo encontrou uma diminuição na dor psicológica, desesperança e desejo de morrer desde o início da ligação até as próximas semanas; no entanto, o desejo de morrer não diminuiu a longo prazo.[5]
Nos Estados Unidos, a Estratégia Nacional de Prevenção do Suicídio de 2012 promove vários esforços específicos de prevenção do suicídio, incluindo:[25]
As recomendações para a mídia sobre noticiar suicídios incluem não sensacionalizar o evento ou atribuí-lo a uma única causa.[5] Recomenda-se também que as mensagens da mídia incluam mensagens de prevenção ao suicídio, como histórias de esperança e links para outros recursos.[5][26] Recomenda-se um cuidado especial quando a pessoa que morreu é famosa.[27] Detalhes específicos do método ou do local não são recomendados.[27]
Há pouca evidência, no entanto, em relação ao benefício de fornecer recursos para aqueles que procuram ajuda e as evidências para diretrizes de mídia geralmente na melhor das hipóteses são duvidosas.[28]
Os programas de TV e a mídia também podem ajudar a prevenir o suicídio, associando o suicídio a resultados negativos, como dor para a pessoa que tentou o suicídio e seus sobreviventes, transmitindo que a maioria das pessoas escolhe algo diferente do suicídio para resolver seus problemas , evitando mencionar epidemias de suicídio e evitando apresentar autoridades ou pessoas simpatizantes e comuns como porta-vozes do direito de morrer.[29]
Em ensaios clínicos, o lítio se mostrou potencialmente eficaz na redução do risco de suicídio em algumas situações. O fármaco diminui o risco de suicídio em pessoas com transtorno bipolar ou depressão.[30][31] Os antidepressivos podem aumentar a ideação suicida em algumas pessoas, especialmente no início do tratamento.[13][32]
Existem várias terapias de fala que reduzem pensamentos e comportamentos suicidas, incluindoTerapia comportamental dialética .[33][34] A terapia cognitivo-comportamental para prevenção do suicídio (TCC-SP) é uma forma de TCD adaptada para adolescentes com alto risco de tentativas repetidas de suicídio.[35][36] A técnica de intervenção breve e contato desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde também tem se mostrado eficaz.[37]
A Organização Mundial da Saúde recomenda que "habilidades específicas devem estar disponíveis no sistema educacional para prevenir o bullying e a violência dentro e ao redor da escola".[38]
Caso a pessoa esteja em surto psicótico auto-destrutivo (inclusive no caso de intoxicação por drogas) recomenda-se chamar os bombeiros para contê-la fisicamente. Pessoas sem preparo, mesmo que sejam da família, devem tomar cuidado ao se aproximar de uma pessoa em surto psicótico pelo alto risco de agressão envolvido.
Outros fatores importantes que deveriam ser considerados, pois seriam mais comuns entre aqueles que tentam suicídios[11][39][40][41]:
Segundo a psicologia, existem vários comportamentos que indicam a possibilidade de ideação suicida. Dentre eles o relato de querer desaparecer, dormir para sempre, ir embora e nunca mais voltar ou mesmo objetivamente o relato do desejo de morrer, mesmo quando falado num tom de brincadeira, devem ser considerados indícios significativos e levados a sério.
Um importante indicativo é o uso abusivo de álcool, especialmente quando o início for precoce, existir um histórico familiar de alcoolismo e houverem eventos disruptivos recentes ou perda de uma relação interpessoal importante.[43] Outro importante indicativo é o uso drogas ilegais. Enquanto pessoas com histórico de abuso de drogas tem mais de 50 vezes mais probabilidade de tentar suicídio do que os que nunca usaram. Mais de 40% dos suicidas tem histórico de abuso de álcool ou outra substância.[44]
Quanto mais comportamentos indicativos mais provável a ideação e necessidade de intervenção. Outros comportamentos associados com tentativas de suicídio e que devem ser tratados como alerta são:
Segundo a OMS, diversos transtornos psicológicos estão associados com um maior risco de suicídio, dentre eles[39][43]:
Em 90-95% dos casos, um paciente que comete suicídio pode ser diagnosticado com algum transtorno psicológico.[49]
Segundo a OMS, durante a tentativa é recomendado que o conselheiro tome as seguintes medidas[40][50]:
Passar tempo conversando com um suicida também ajuda a conter a impulsividade que frequentemente é necessária para a conclusão do ato. Deixar a pessoa dormir permite que ela se recomponha e que seus neurotransmissores se regulem. O conselheiro deve ficar atento para quando ela acordar.[40]
Quando ela estiver mais calma converse novamente com ela sobre a tentativa (é um mito achar que conversar sobre suicídio aumenta as chances de ela cometer de novo). Lembre a pessoa de o quanto todas as pessoas que gostam dela sofrerão se ela morrer, cite alguns exemplos (amigos, mãe, pai,irmãos, avós, primos...) caso conheça, insista até encontrar exemplos adequados. Conversar sobre os problemas que a levaram a desejar a morte e sobre possíveis formas de resolvê-los, tente levar a pessoa a pensar mais a longo prazo e em como seus problemas (quase sempre) tem solução. Ofereça-se para ajudar.[11][40]
Fatores de Proteção são as condições positivas, recursos pessoais e sociais que promovem a resiliência e reduzem o potencial de suicídio de jovens, bem como outros comportamentos de alto risco relacionados. Assim como os riscos de suicídio surgem de uma interação entre fatores familiares, genéticos e ambientais, o mesmo ocorre com os fatores de proteção.
O suicídio não deve ser visto apenas como um problema médico ou de saúde mental, uma vez que fatores de proteção como apoio social e conexão parecem desempenhar papéis significativos na prevenção da morte.
Other suicide prevention strategies that have been considered are crisis centres and hotlines, method control, and media education... There is minimal research on these strategies. Even though crisis centres and hotlines are used by suicidal youth, information about their impact on suicidal behaviour is lacking.
Other approaches that need further investigation include gatekeeper training, education of physicians, and internet and helpline support.