Na década de 50 o padre francês Louis Joseph Lebret se reuniu com técnicos do Condepe-Fidem e deram início aos estudos de viabilidade técnica para construir um porto industrial baseado em modelos de portos industriais como os situados em Marselha (França) e Kadoma (Japão). Já no ano de 1974, houve o lançamento da pedra fundamental pelo governador Eraldo Gueiros, determinando essa área para a construção do porto industrial. Em 7 de novembro de 1978, foi criada a empresa "Suape - Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros", pelo então governador Moura Cavalcanti. Seu projeto foi baseado na integração porto-indústria tendo como exemplo portos bem-sucedidos da França e Japão. Em 2017 Suape apresentou lucro de R$ 11,2 milhões.[2]
Além de distrito industrial e porto marítimo o complexo também abriga uma reserva ambiental cerca de 59% de seu território é considerado área preservada, como também a Refinaria Abreu e Lima e o estaleiro Atlântico Sul.[7] Essa região era habitada pela tribo Caetés e por conta da sua constituição geomorfológica a batizaram de Suape. Esta é uma palavra de origem tupi-guarani a qual significa "caminhos sinuosos".
O acesso ao porto externo por mar tem profundidade mínima de 16,5 m e o calado máximo permitido de 14,5 m na preamar. O acesso terrestre pode ser feito pelas rodovias federais BR-101 e BR-232, pelas rodovias estaduais PE-060 e a PE-028, bem como pela ferrovia EF–101, gerido pela Transnordestina Logística (TNL).[4] Por vias aéreas o acesso é feito principalmente através do Aeroporto Internacional do Recife.
Além destes, o porto também conta com a infraestrutura do modal duto-viário, ficando o transporte de líquidos e inflamáveis feitos diretamente da indústria ao terminal portuário responsável.[3]
Clima
A região do porto de Suape apresenta um clima tropical úmido. A temperatura é elevada, com média anual em torno dos 25 °C. A média anual de precipitação é superior a 2000 milímetros, concentrados entre os meses de abril e julho.[8] Os ventos predominantes tem direção entre leste e sudeste, com alguns vindos da direção nordeste.
O regime de marés é caracterizado por ser semidiurno e as variações médias são 2,04 metros em sizígia e 0,91 em quadratura.[3]
Em 2018, Suape apresentou um total de 23,6 milhões de toneladas de produtos transportados, sendo responsável pelo maior movimentação nacional de granéis líquidos (17,5 milhões de toneladas) e de navegação por cabotagem (15,3 milhões de toneladas).[1] Os produtos derivados de petróleo foram os que causaram maior impacto na movimentação do porto, devido a necessidade de movimentação da Refinaria Abreu e Lima. Outros produtos em destaque no porto de Suape são as exportações de automóveis, minério de ferro, soja e açúcar e a exportação de contêineres.[3][10]
Considerando os dados de 2014, os produtos exportados que partem de Suape são produzidos em sua maioria no estado de Pernambuco (70,41%), ficando produtos paraibanos em segundo lugar (9,1%) e os produtos provenientes do Rio Grande do Norte em terceiro com 6,32%. Por outro lado os produtos importados vêm em sua maioria para Pernambuco (88,37%), seguindo o restante principalmente para a Paraíba (3,95%) e o Ceará (2,56%).[3]
Cais
PGL
O Porto de Suape possui quatro Píeres de Granéis Líquidos, o PGL 1 e o PGL 2, que somam 288 metros e destinam-se à movimentação de combustíveis, óleos minerais e outros produtos semelhantes e o PGL 3 que se divide em dois píeres petroleiros A e B.[4]
Cais 1
Com 275 metros, o Cais 1 destina-se principalmente à movimentação de minérios escorias e cinzas e produtos siderúrgicos.
TECON
O TECON (Terminal de contêineres) destina-se à movimentação de contêineres ao longo dos seus 660m de comprimento e dois píeres (Píer 2 e Píer 3). A movimentação deste terminal foi de 190.466 toneladas em 2010 e contou com 543 atracações.[3]
Cais 4
Com um comprimento de 350 este cais destina-se principalmente à movimentação de trigo. Em 2010, o cais movimentou aproximadamente 448.410t com 70 atracações.
Cais 5
Ao longo dos seus 330 metros de comprimento o Cais 5 é destinado a movimentação de automóveis e passageiros.
Cais 6, 7 e 8.
Em uma etapa posterior de ampliação do porto, Deverão serem construídos os terminais 6, 7 e 8, visando atender à crescente demanda e especializados para a movimentação de milho (Píer6), soja (Píer 7) e fertilizantes (Píer 8).
Terminal Multiuso da Cocaia.
O Terminal de Graneis Sólidos Minerais, ou Terminal Multiuso da Cocaia, por localizar-se na Ilha da Cocaia, é um projeto para construção de um terminal ao norte dos píeres 1, 2 e 3, afim de atender à crescente demanda por minério de ferro no porto.
Parcerias
Diversos empreendimentos de grande porte se instalaram em Suape e suas proximidades, uns já iniciaram suas atividades, outros estão em fase de investimento. Entre as principais indústrias/marcas que se instalaram na região destacam-se[3]: