Poder como uma medida de influência ou controle sobre resultados, eventos, questões e atores;
Poder como se refletisse uma vitória em algum conflito e a obtenção de segurança; e,
Poder como controle sobre recursos e capacidades.
O discurso moderno atual em geral, fala em termos de poder do Estado, indicando o poder econômico e militar. Os Estados possuem quantidades significativas de poder nas relações internacionais, e são referidos como: Média potência, Potência regional, Grande potência, Superpotência ou Hiperpotência / Hegemonia, embora não haja um padrão habitualmente reconhecido para definir um Estado poderoso.
O uso primário do "poder" como um objetivo nas relações internacionais pertence a teóricos políticos, como Nicolau Maquiavel e Hans Morgenthau. Especialmente entre os pensadores realistas, o poder é um objetivo inerente da humanidade e dos Estados. O crescimento econômico, militar e cultural podem ser considerados como os objetivos finais do poder internacional.
Poder como influência
Os cientistas políticos principalmente usam o termo "poder" como a capacidade de um ator para exercer influência sobre os outros atores dentro do sistema internacional. Esta influência pode ser coerciva, atrativa, cooperativa ou competitiva. Os mecanismos de influência podem incluir a ameaça ou o uso da força, a interação econômica ou pressão, diplomacia e intercâmbio cultural.
O poder também é usado para descrever os Estados ou atores que alcançaram vitórias militares ou de segurança para seu Estado no sistema internacional. Este uso em geral é mais comumente encontrado entre os escritos de historiadores ou escritores populares. Por exemplo, um Estado que têm conseguido várias vitórias de combate em uma campanha militar contra os outros Estados pode ser descrito como poderoso. Um ator que conseguiu proteger sua segurança, soberania ou interesses estratégicos pode ser descrito também como um Estado poderoso.
Alguns cientistas políticos distinguem entre os dois tipos de poder: Hard e Soft. O primeiro é coercitivo e o segundo é de atração.
O hard power se refere a táticas coercitivas: a ameaça de uso das forças armadas, pressão econômica ou sanções, assassinato e subterfúgios, ou outras formas de intimidação. O hard power é geralmente associado às nações mais fortes, que podem mudar os assuntos internos de outras nações através de ameaças militares. Realistas e neo-realistas, como John Mearsheimer, são defensores do uso de tal poder para o equilíbrio do sistema internacional.
Joseph Nye é o principal defensor e teórico do soft power. Os instrumentos do soft power podem incluir debates sobre valores culturais, diálogos sobre a ideologia, a tentativa de influência por meio de um bom exemplo e o apelo normalmente reconhecido sobre os valores humanos. Meios de exercer o soft power podem incluir a divulgação da diplomacia, da informação, análise, propaganda, e programação cultural para alcançar fins políticos.
Categorias de poder
Na paisagem moderna geopolítica, um número de termos são usados para descrever vários tipos de poderes, que incluem o seguinte:
Potência regional: Usado para descrever um país que exerce influência e poder dentro de sua região. Ser uma potência regional não é mutuamente exclusiva com qualquer das outras categorias de poder. Muitos países são descritos como potências regionais, entre os quais Índia, África do Sul, Israel, Coreia do Sul, Brasil e Indonésia.
Média potência: A descrição subjuntiva de segunda linha dos Estados influentes que não poderiam ser descritos como grandes potências.
A Idade Moderna e as potências europeias
A partir do século XV ao início do século XVIII, as cinco principais potências na Europa foram a Inglaterra, França, Portugal, Espanha e o Império Otomano. Durante os séculos XVII e XVIII a Monarquia de Habsburgo foi adicionada ao grupo, enquanto Portugal, Espanha e os otomanos foram perdendo progressivamente sua influência e poder. Em 1707, a Grã-Bretanha (criada pela unificação dos reinos da Inglaterra e Escócia), substituiu a Inglaterra, e tornou-se progressivamente mais poderoso durante o século XVIII, envolvendo-se com outras potências europeias como a França pelo controle de territórios fora da Europa, tais como a América do Norte e Índia. Na segunda metade do século XVIII, a Rússia e a Prússia ganharam status importantes.
Do final do século XVIII e durante todo o XIX, houve uma convenção informal reconhecendo as Cinco Grandes Potências na Europa: França, Grã-Bretanha, Rússia, Áustria (mais tarde, Áustria-Hungria) e o Reino da Prússia (mais tarde, Império Alemão). No final do século XIX, o Reino de Itália foi adicionado a esse grupo. Eventualmente, duas potências não-europeias, Japão e Estados Unidos foram capazes de ganhar o status de grande potência desde o início do século XX.
↑foreignaffairs.orgArquivado em 5 de janeiro de 2009, no Wayback Machine.| Ben W. Heineman, Jr., and Fritz Heimann speak of Italy as a major country or "player" along with Germany, France, India, Japan, and the United Kingdom, in "The Long War Against Corruption".
↑M. De Leonardis, Il Mediterraneo nella politica estera italiana del secondo dopoguerra, Bologna, Il Mulino, 2003, p. 17