O Pimenteiro do tesouro Hoxne,[1] comumente conhecido como o "Pimenteiro da imperatriz", embora agora não pareça representar uma imperatriz, é de prata "piperatorium", parcialmente dourada, que data de cerca de 400 d.C. Foi encontrado como uma parte do Tesouro de Hoxne, Suffolk, em novembro de 1992, estando no Museu Britânico, onde é normalmente exibido. É uma estatueta oca feita de prata que representa a parte superior do corpo de uma mulher. Tem um mecanismo que permita que pimenta molhada ou as especiarias sejam carregadas em sua base e depois aspergidos sobre alimentos. O mecanismo não mói a pimenta e tem um disco rotativo com três posições. Uma posição permite o preenchimento, outra tem orifícios finos para permitir a aspersão da pimenta e outra faz o fechamento o pote. Esse objeto foi escolhido para ser um dos itens ( o nº 40) da série BBC Radio 4 de 2010, Uma História do Mundo em 100 Objetos.
Pimenteiro na arqueologia romana
Piperatoria são incomuns na arqueologia romana. Quatro, incluindo este, a Imperatriz, foram encontrados no tesouro de Hoxne, na Inglaterra. Considera-se que esses pimenteiros continham pimenta ou algum outro tempero caro. A evidência de pimenta em particular veio da presença de pimenta preta mineralizada, que foi encontrada em três sítios descobertos na década de 1990 e das placas de Vindolanda, que registram a compra dessa especiaria por dois "denarii" perto de muralha de Adriano.[2] Outros sítios revelaram aromas alimentares, incluindo coentro, azeitona, aipo, aneto, segurelha-dos-jardins, mostarda e erva-doce. A existência de outros aromas ainda é conhecida por traduções de receitas sobreviventes.[3]
Dois "fornos de fusão de pimenta" foram encontrados na chamada Casa de Menandro em Pompeia, mas estes não eram adequados para serem usados como tal, levando a sugestões de que eram de fato foram usados para provar o vinho em vez de espargir a pimenta.[4] Os únicos itens que são inquestionavelmente piperatoria são todos datados após 250 a.C e foram encontrados em vários locais: na Place Camille-Jouffres no Vienne, na França,[5] no “Tesouro de Chaourse" no departamento de Aisne, França;[6][7],em Nicolaevo na Bulgaria;[6] e um de origem incerta,provavelmente de Sidon.
↑Cool, H. E. M., Eating and Drinking in Roman Britain, ISBN0-521-00327-X, Cambridge, pp. 64–5
↑Ling, Roger; Painter, Kenneth S.; Arthur, Paul R. (2002), The Insula of the Menander at Pompeii: The silver treasure, ISBN978-0-19-924236-8, Oxford University Press, p. plate 25, Pepper pot in the form of an amphorisk (M114). 1st century AD. Height 8.5; weight 50.35g. Naples, Museo Nazionale. Inv. no. 145556.
↑Baratte, François (1990), Le Trésor de la place Camille-Jouffray à Vienne (Isère): un dépôt d'argenterie et son contexte archéologique, ISBN978-2-222-04369-0, Centre national de la recherche scientifique
↑ abBlair, Claude (1987), The History of silver, ISBN978-0-345-34576-9, Ballantine Books, pp. 27–28, In the Chaourse Treasure a little pepper pot in the form of a squatting negro boy was found, the holes for the pepper are punched in the boy's head. A similar piece found at Nicolaevo, near Pleven in Bulgaria is in the form of a negro boy.