Quanto aos nomes comuns desta espécie, «segurelha» e «saturagem», trata-se de deturpação do étimo latino sătŭrēia, o primeiro por via popular[7] e o segundo por via erudita.[4]
Distribuição
Esta espécie é comum da orla mediterrânea do continente europeu[2], desde Portugal - onde ocorre silvestre[1], havendo também registos históricos do seu cultivo em hortas[3]- até ao Oeste da Turquia. Todavia, crê-se que, provavelmente, seja originária da Ásia Ocidental e Central.[8]
Em termos de naturalidade é nativa da região atrás referidas.
Ecologia
Trata-se de uma espécie ruderal, que tanto pode crescer em baldios incultos, como em courelas agricultadas.[1][9]
Descrição
Trata-se de uma planta herbácea anual, cujo caule pode ascender aos 30 a 60 cm de altura.[2] É uma espécie ramosa desde a base.[2] O caule é pubescente-puberulenta, reveste-se de pêlos curtos[2] retorcidos e esbranquiçados.[9]
Do que toca às folhas, são grossamente pontuado-glandulosas em ambas as páginas, apresentando um formato linear-lanceolado.[9] Quanto às inflorescências, é formada por verticilastros, paucifloros e corimbiformes[2], agrupando corimbos de 2 a 6 flores cada, e assentado em pedúnculos de cerca de 1,5 milímetros.[9] As brácteas são semelhantes às folhas, se bem que mais pubescentes.[9]
Do que respeita às flores, pautam-se pelo seu cálice campanulado, o qual conta com 10 nervuras na base[2] e até cinco dentes estreitos e triangulares.[9]
A corola é de cor branca ou lilás.[2] A floração é normalmente estival[3], ocorrendo de Julho[1] a Setembro[2].
Usos culinários
Dada a sua natureza aromática[3][2] e sabor picante[4], é apreciada no âmbito da gastronomia, onde se utiliza como condimento. É preferida em relação à segurelha-das-montanhas ,devido ao seu aroma, por sinal mais delicado. É muito importante na cozinha búlgara, onde, misturada com sal e páprica se chama sharena sol (sal colorido).