O Partido Comunista do Benim (em francês: Parti Communiste du Bénin) é um partido marxista-leninista do Benim, fundado em 1978 (com o nome de Partido Comunista do Daomé) e seguindo uma linha pró-albanesa.[1] Durante da ditadura de Mathieu Kérékou, entre 1972 e 1991, e do seu Partido Popular Revolucionário do Benim (também marxista-leninista, mas de linha pró-soviética), terá sido o único partido da oposição a operar na clandestinidade.[2]
Em 1974, vários grupos revolucionários opostos ao regime militar criaram a Juventude Unida do Daomé, que é imediatamente proibida. Em 1976, foi criada a União Comunista do Daomé,[5] que a 31 de dezembro de 1977[4] proclama a fundação do Partido Comunista do Daomé (o partido inicialmente recusava o nome "Benim",[6] com que o governo militar havia re-batizado o anteriormente chamado Daomé).
O PCB foi a principal força de oposição organizada ao regime de Kérékou (que considerava "desviacionista militar-marxista"[5][7]), tendo sobretudo organizado campanhas de desobediência civil nas zonas rurais, apelando ao não pagamento do imposto per capita.[5] O partido editava o jornal En Avant, que era impresso no Canadá e distribuído clandestinamente no Benim.[1]
O partido participou nos protestos de 1989 que levaram à queda do regime, mas recusou-se a participar na Conferência Nacional de 1990 [7] (uma assembleia reunindo representantes do governo, da oposição, dos chefes tradicionais, etc., que procedeu à democratização do país).[8] Só a 17 de setembro de 1993 o partido foi legalizado, usando atualmente o nome Partido Comunista do Benim.
Em 1998, Magloire Yansunnu foi expulso do partido, tendo criado o Partido Comunista Marxista-Leninista do Benim em 1999.[1]
Resultados eleitorais
Nas eleições legislativas de 1995, o PCB elegeu um deputado.[1][9]
Nas presidenciais de 1996, o candidato do PCB, Pascal Fantodji teve 17,977 votos (1.08%).[1][10]
Referências
↑ abcdeHoungnikpo, Mathurin C.; Decalo, Samuel (2013). «Parti Communiste du Bénin (PCB)». Historical Dictionary of Benin (em inglês) 4ª ed. Scarecrow Press. 282 páginas. ISBN9780810873735. Consultado em 17 de dezembro de 2015
↑Hountondji, Paulin J. (2002). The Struggle for Meaning. Reflections on Philosophy, Culture, and Democracy in Africa. Col: Research in international studies: Africa series, 78 (em inglês). Athens, Ohio: Ohio University Press. p. 278. 308 páginas. ISBN0-89680-225-6. Consultado em 17 de dezembro de 2015
↑ abBierschenk, Thomas (2009). «Democratization without Development: Benin 1989 – 2009»(PDF). Mainz, Germany: Institut für Ethnologie und Afrikastudien, Johannes Gutenberg-Universität. Arbeitspapiere / Working Papers (em inglês) (100). 5 páginas. Consultado em 17 de dezembro de 2015
↑Akindes, Simon (2015). «Civil-Military Relations in Benin: Out of the barracks and back - now what?». In: Rupiya, Martin; Moyo, Gorden; Laugesen, Henrik. The New African Civil-Military Relations (em inglês). [S.l.]: The African Public Policy & Research Institute. p. 54-55. 222 páginas. ISBN9780620615273 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de editores (link)