A Operação Pripyat, baseada em material de delação premiada da empreiteira Andrade Gutierrez, investiga desvios no setor elétrico e é um desdobramento da Operação Lava Jato. As decisões judiciais couberam à 7ª Vara Federal Criminal do Rio após o caso ter sido desmembrado por decisão do Supremo Tribunal Federal.[3]
A operação é a estreia da força-tarefa da Lava Jato no Rio e apura sobretudo desvios de recursos nas obras da usina de Angra 3. Outro alvo da ação é o atual presidente da Eletronuclear, Pedro Figueiredo, afastado por ordem judicial.[1]
A Pripyat, segundo a Polícia Federal, refere-se à cidade ucraniana que se tornou uma espécie de “cidade-fantasma” após o acidente nuclear de Chernobyl. A referência vem do fato de que o alvo da ação ter sido o ex-presidente da Eletronuclear almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, que foi preso novamente.[4] Os investigadores estimam que ele recebeu até R$ 12 milhões em propina. Othon já cumpria prisão domiciliar e responde a processo criminal na 7ª Vara Federal Criminal, no Rio. A nova ordem de prisão foi decretada porque a Justiça entendeu que o acusado utilizando sua influência para interferir no processo.[3]
O ex-presidente Michel Temerfoi preso dia 21 de março de 2019 em decorrência da delação premiada de José Antunes Sobrinho.[5] Segundo a acusação, Temer havia cometido delitos de corrupção ativa e lavagem de capital sob o comando da pessoa jurídica Engevix.[5] O acordo de colaboração premiada foi celebrado e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), cujo termo foi encaminhado para a 7ª Vara Federal Criminal por se tratar de pagamentos solicitados por João Baptista Lima Filho (Coronel Lima), operador financeiro de Temer, no contexto do contrato com a Eletronuclear.[6][7]