Ela foi sediada pela primeira vez em 1959 na Romênia e foi realizada anualmente desde então, com exceção de 1980. Atualmente aproximadamente 100 países mandam seus times compostos de até seis competidores. Os participantes têm que ter menos de 20 anos e não podem estar cursando qualquer universidade.
Formato
Provas
A prova consiste de 6 problemas matemáticos, sendo que cada um vale 7 pontos. O exame é realizado em dois dias consecutivos e os competidores dispõem de quatro horas em meia para resolver três problemas em cada um dos dias. Os problemas podem ser de qualquer área da matemática do ensino médio, que inclui geometria, teoria dos números, álgebra e análise combinatória. A resolução dos problemas não exige conhecimento de matemática avançada, necessitando porém de grande inteligência e habilidades matemáticas.
Todos países participantes, com exceção do país sede, podem submeter problemas para um Comitê de Seleção de Problemas, que se encarregará de reduzir os problemas submetidos a uma lista. Os líderes de equipe chegam no evento com alguns dias de antecedência e formam um júri, que é responsável por todas as decisões relacionadas ao evento, incluindo a seleção dos 6 problemas da prova. Como os líderes já conhecem os problemas da prova com antecedência, eles são mantidos separados dos competidores até o término do segundo dia de provas.
Premiação
Os estudantes são classificados conforme suas pontuações. O número de alunos premiados é o mais próximo possível, porém sem ultrapassar, de metade dos participantes. As medalhas de ouro, prata e bronze são distribuídas entre os premiados em uma proporção aproximada de 1:2:3, respectivamente. Os participantes que não ganharem medalha mas atingirem 7 pontos em um problema são premiados com uma menção honrosa.
Prêmios especiais podem ser dados a soluções de grande elegância ou envolvendo boas generalizações de um problema.
Portugal conquistou a "melhor pontuação de sempre" nas Olimpíadas Internacionais de Matemática em 2013 na Colômbia, com 111 pontos. Uma medalha de ouro, quatro de bronze e uma menção honrosa são os resultados que colocaram o país em 36.º lugar na classificação por países, num total de 97.
Miguel Moreira, aluno do 11.º ano na Escola Secundária Rainha D. Amélia, em Lisboa, conquistou uma medalha de ouro. Quatro elementos da equipa portuguesa – Miguel Santos (da secundária de Alcanena, 12.º ano), Francisco Andrade (da secundária do Padrão da Légua, 10.º ano), Luís Duarte (da secundária de Alcains, 12.º ano) e David Martins (da secundária de Mirandela, 11.º ano) – conquistaram medalhas de bronze e Nuno Santos, um dos mais jovens do grupo, foi distinguido com uma menção honrosa, na competição que envolveu 528 participantes.
O Brasil iniciou sua participação na IMO em 1979 e desde então vem obtendo resultados cada vez mais expressivos, o que fez com que ele fosse chamado para participar da Romanian Master in Mathematics, em 2010, onde só os vinte melhores países da competição anterior participam. Até o ano de 2024, o Brasil acumulava 15 medalhas de ouro, 58 de prata, 91 de bronze e 35 menções honrosas.[18]
Abaixo, o desempenho do Brasil nas últimas 12 edições:
Desempenho do Brasil na Olimpíada Internacional de Matemática
Deste processo de seleção participam todos os alunos premiados com medalhas de ouro, prata, bronze e menções honrosas na OBM do ano imediatamente anterior ao processo de seleção. Esses alunos podem pedir para serem incluídos no processo de seleção para outras olimpíadas além da IMO, como a Olimpíada Iberoamericana, Olimpíada do Cone Sul e Olimpíada de Matemática da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Os premiados na edição anterior da Olimpíada Brasileira de Matemática, dos níveis 2 e 3, podem participar das seletivas. Vale lembrar que, para o nível 2, apenas os premiados com medalha de bronze, prata ou ouro participam. Esse requisito era mais restrito anteriormente a 2024, no qual apenas os medalhistas de ouro do nível 2 poderiam participar.
Caberá à comissão de olimpíadas decidir se aceita o pedido ou não.
O processo de seleção é feito da seguinte forma no Brasil:
1) A comissão encarregada da seleção das equipes que representarão o Brasil nas competições internacionais (CES) deve elaborar rankings com a classificação e pontuação de todos os alunos participantes do processo em cada um dos seguintes eventos:
i) Resultado na OBM;
ii) Provas de seleção;
iii) Listas de treinamento.
2) Finalmente a CES envia esses dados com uma sugestão de equipe para apreciação pela Comissão de Olimpíadas, que pode aprová-la ou sugerir as modificações que considerar adequadas. Caso CES e Comissão de Olimpíadas não entrem em acordo, a Comissão de Olimpíadas tem a última palavra.
3) A CES e a Comissão de Olimpíadas podem, se julgarem conveniente, levar em consideração os resultados dos estudantes em olimpíadas anteriores ou em provas de seleção e listas de preparação para outras olimpíadas.
4) Assim, como na OBM, não haverá revisão de notas em ii e iii.
Delegações Brasileiras
As delegações brasileiras do atual e dos últimos três anos foram:
↑A sede original definida antes de 2022 para a 65ª IMO era a Ucrânia. Devido à invasão russa ao país em 2022, a sede foi definida como Bath, na Inglaterra, que já havia sediado a 60ª IMO, em 2019.[12]
↑Devido a problemas políticos, a IMO 1980 foi cancelada e dividida em dois pequenos torneios de caráter não-oficial.[25][26]