Neo-noir é um subgênero de film noir que se utiliza de grande parte dos elementos da filmografia noir mas com o acréscimo de temas, conteúdos, estilos, elementos visuais ou meios ausentes nos primeiros filmes noir, realizados nas décadas de 1940 e 1950.
Como neologismo, neo-noir é definido por Mark Conard como "qualquer filme posterior ao clássico período noir mas que contém temas e a sensibilidade noir".[1]
História
A locução film noir (em francês, 'filme escuro', uma alusão à iluminação quase sempre insuficiente dos antigos filmes policiais, de baixo orçamento) foi cunhado pelo crítico de cinema Nino Frank em 1946, mas foi raramente usado por cineastas, críticos e fãs até algumas décadas mais tarde. A era clássica do cinema noir é geralmente datada entre o início da década de 1940 e o final dos anos 1950. Tipicamente, são filmes policiais americanos ou de suspense psicológico, com alguns temas e enredos comuns e muitos elementos visuais distintos. Os personagens eram, muitas vezes, anti-heróis em conflito entre desesperadas escolhas sistemas morais, eventualmente niilistas. Elementos visuais próprios incluem baixa iluminação e exploração dramática de contrastes entre luz e sombra, além de posicionamentos incomuns da câmera. Tanto noir como o neo-noir são, muitas vezes, produções de baixo custo.
Por volta dos anos 1970, os críticos de cinema começaram a considerar neo-noir como um subgênero. No entanto, o uso dos termos noir, post-noir ou hard boiled não é consensual entre os críticos e profissionais do cinema, dada a falta de clareza dos respectivos significados. Por exemplo, James M. Cain, autor do livro que inspirou o filme The Postman Always Rings Twice e considerado um escritor de ficção hard-boiled, dizia: "não pertenço a nenhuma escola - hard-boiled ou não - e acredito que essas chamadas escolas existam, principalmente, na imaginação dos críticos e tenham pouca correspondência com a realidade."[2]
Segundo o escritor Robert Arnett, o neo-noir se tornou tão amorfo como gênero ou movimento, que qualquer filme com um detetive ou crime pode ser isso.[3]
Filmes neo-noir
Referências
- ↑ Mark Conard. The Philosophy of Neo-noir. The Univ of Kentucky Press, p.2, 2007.
- ↑ O'Brien, Geoffrey (1981). Hardboiled America – The Lurid Years of Paperbacks. New York; Cincinnati: Van Nostrand Reinhold. pp. 71–72. ISBN 0-442-23140-7
- ↑ Arnett, Robert (Fall 2006). "Eighties Noir: The Dissenting Voice in Reagan's America". Journal of Popular Film and Television. 34 (3): 123–129.
Bibliografia
Ligações externas